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JUVENTUDE NO ESQUERDA DIARIO
Um diário para expressar e contribuir no avanço das lutas da juventude
Tatiane Lima
Desirée Carvalho

Em comemoração às 100 000 curtidas que alcançamos em nossa Página do Facebook , resgatamos um pouco dos importantes momentos em que nós jovens fizemos história no Brasil e no mundo- e ela foi divulgada a milhares de pessoas através do ED.

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Em comemoração às 100.000 curtidas que alcançamos em nossa Página do Facebook , resgatamos um pouco dos importantes momentos em que nós jovens fizemos história no Brasil e no mundo - e ela foi divulgada a milhares de pessoas através do ED.

A crise capitalista que explodiu em 2008 com a queda do Lehman Brothers nos EUA abriu uma nova etapa, com mudanças importantes nas relações econômicas, sociais e políticas entre os diferentes países e, a partir daí, vimos emergir com mais força amplos setores das massas nos diferentes cantos do mundo. Da Primavera Árabe às Jornadas de Junho de 2013 no Brasil a juventude se destacou como um sujeito ativo, com protestos e reivindicações nas praças, ruas e processos de lutas.

O Esquerda Diário desde o seu nascimento tem no seu DNA o objetivo de ser um instrumento a serviço da difusão dos importantes processos da luta de classes, busca contribuir com a abordagem e o desenvolvimento dos importantes debates, das ideias potentes, experiências, polêmicas e lições extraídas, para que os lutadores se fortaleçam enquanto sujeitos políticos e que esses processos de luta avancem a questionamentos mais de fundo contra a ordem podre do capitalismo.

No Brasil, Junho de 2013 teve como estopim os atos contra o aumento das tarifas do transporte público, mas que tocavam também em várias demandas por direitos sociais como educação, saúde, moradia, e um grande questionamento aos políticos e seus privilégios e contra corrupção. A partir daí questões muito sensíveis à juventude também ganharam mais espaço, com protestos contra o racismo, a LGBTfobia e o machismo. Não atoa atos massivos também escancararam enorme rechaço naquele momento contra o deputado Marco Feliciano (PSC), representante da bancada religiosa, com o apoio governo Dilma, estava á frente da comissão de direitos humanos, assim como outros deputados conservadores que eram uma parte significativa dos aliados de Dilma e o PT, defendendo leis que atacam os direitos de LGBTs, negros e mulheres, como “cura gay”, o “estatuto do nascituro”, o projeto pela redução da maioridade penal etc.

Em Junho fez falta uma direção política consciente nos atos massivos de milhões de pessoas, munida de um programa capaz de ligar as pautas democráticas a um questionamento mais profundo de todo o regime, que despertasse um anseio de uma resposta independente e organizada. Mas a partir desse levante é lançado um novo momento político no país, no qual a juventude seguiu confirmando que não havia saído às ruas "apenas pelos 20 centavos", com um aprofundamento do questionamento dos políticos da ordem e a certeza de que a radicalização se provou como um método que arranca conquistas importantes, rechaçando toda a rotina e passividade das décadas anteriores, bem como àqueles “representantes” que ainda as levam na sua espinha dorsal, como a UNE e UBES.

Depois de junho que vieram os rolezinhos, os novos atos contra o aumento das tarifas, os atos contra a Copa do Mundo, as lutas pela Educação, com destaque às greves nas universidades federais, a "primavera feminista" e muitas outras. No entanto, foram a ocupações de mais de 200 escolas em São Paulo o que arrancou mais uma conquista e uma nova derrota aos políticos da ordem dominante. Primeiro as ocupações foram um movimento contra a reorganização das escolas, que tinha como objetivo que cada unidade escolar só tivesse um ciclo (ensino fundamental de 1º a 5º ano, de 6º a 9º ano e ensino médio) e o fechamento de 93 unidades em todo o estado, depois passou á um questionamento mais profundo sobre a educação pública e que futuro ela proporcionava para a juventude, alcançando outros estados como Goiás, Ceará, Rio e Rio Grande do Sul. A vitória dos secundaristas em São Paulo foi exemplo para que secundaristas do pais todo passassem a ocupar suas escolas para reivindicar suas pautas e lutar pela educação. E no Rio de Janeiro os secundaristas foram motivados pelas greve dos professores das escolas estaduais, o que mostra o potencial dessa juventude em se ligar aos trabalhadores em suas lutas.

Como parte do desenvolvimento das contradições abertas em Junho um golpe institucional é aplicado, devido ao aprofundamento da crise política nacional e à sede dos setores dominantes de impor os ataques mais duros que exige a crise capitalista. Temer assumiu a presidência interina, com os votos da direita mais reacionária e fundamentalista do parlamento, da FIESP, da grande mídia reacionária e também da Justiça complemente parcial e arbitrária. Mas também nesse processo a juventude se mostrou disposta a questionar, denunciar e não aceitar esse que representa ataques não só aos jovens e à educação, mas aos trabalhadores, aos setores oprimidos e qualquer posicionamento crítico, com projetos bizarros como o Escola Sem Partido, as flexibilizações da CLT, os cortes na saúde e de áreas de políticas públicas para o combate às opressões e a cultura. Esse questionamento se expressou nas ruas, principalmente nos atos de mulheres e pela cultura, bem como agora ressurge nos atos pelo "Fora Temer". Além dos atos também se expressa na intensa politização que moveu processos de luta importantes, em especial na educação, seja nos já abertos pela crise do sistema universitário desde o ano anterior, como nas federais e com destaque ao Rio de Janeiro, mas também na greve histórica e massiva que os estudantes das estaduais paulistas fizeram, com centralidade a luta pelas cotas étnico-raciais e a defesa da saúde pública, além da exigência de permanência estudantil, contra os cortes orçamentários e por melhores condições de estudo.

Não só no Brasil a juventude está a frente das lutas, mas também em vários países no mundo se vê levantes, além dos que ganharam repercussão em anos anteriores, como os indignados espanhóis, Occupy Wall Street nos EUA, #Yo Soy 132 no México, atualmente na França temos atos de milhares, que teve seu pontapé com a juventude indo as ruas, contra as reformas trabalhista do governo dito socialista de François Hollande, mas que ganhou força abrindo caminho à incorporação massiva e exemplar dos trabalhadores. Em países da América Latina as lutas se deram por demandas por educação, no Chile a luta contra o projeto de Carreira Docente, pela educação gratuita e contra a intransigência do Governo, aglutinou estudantes e professores em uma greve nacional. Na Argentina estudantes e professores marcharam contra os ataques do governo Macri à educação, pela valorização dos professores pelo passe livre estudantil, com aulas públicas nas ruas. Na África do Sul estudantes universitários fizeram uma forte luta contra os símbolos colonialistas, o pagamento de mensalidades e a terceirização, se unindo aos trabalhadores numa jornada exemplar de aliança operária-estudantil que garantiu a efetivação destes sem concurso. Nos EUA a juventude negra se rebelou contra a chacina racista cometida pela polícia todos os dias e gritou nas ruas "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam), essa mesma juventude hoje desafia a polarização política que se expressa no processo das eleições presidenciais, onde rechaça o ultra direitista Trump, mas também não compra o discurso pró-establishment (ordem) de Hilary Clinton, mesmo com Sanders fazendo essa campanha.

A rede internacional do Esquerda Diário, com 5 idiomas em 11 países, foi parte da cobertura desses processos a partir de notícias, vídeos, opiniões e debates sobre os seus rumos. Mais que isso, em alguns destes esteve diretamente ligada aos lutadores que os protagonizaram, junto a centenas de pessoas expressando em primeira mão uma visão não deturpada pela ideologia da ordem dominante. Todo o desenvolvimento do Esquerda Diário teve nessa fórmula (ser um diário dinâmico, ao mesmo tempo feito para e pelos próprios lutadores) seu potencial político. Para ajudar coordenar e organizar cada luta; para unificar as lutas e solidariedade aos trabalhadores, combater às pressões da dispersão e impedir que processos importantes se transformem em uma mera somatória de lutas; para denunciar a repressão dos governos contra os movimentos; Em suma, para fortalecer as lutas da juventude e expandir o seu potencial político junto à tarefa central de disputa contra a hegemonia das ideias da classe dominante, contra o capitalismo, é que queremos avançar ainda mais nesse instrumento que é o Esquerda Diário. Por isso queremos ainda mais que 100 000 curtidas e convidamos a todos para serem novos correspondentes, serem conosco parte ativa do avanço desse projeto audacioso!

 
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