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ESCOLA SEM PARTIDO
Escola sem pensamento crítico não é escola!
Larissa Inácio - Estudante de Pedagogia da Unicamp
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“Não existe imparcialidade. Todos são orientados por uma base ideológica. A questão é: sua base ideológica é inclusiva ou excludente?”. (FREIRE. P)

O projeto de lei do senado nomeado como "Escola sem Partido” tem claramente o objetivo de censurar qualquer crítica ao sistema de exploração vigente seguindo um modelo positivista de ensino, ou seja, uma educação que ignore completamente as contradições presentes na sociedade. Embora a ideologia burguesa pautada no pensamento positivista afirme que a ciência tem que ser neutra e não ideológica, em uma sociedade cuja dinâmica estrutural pauta-se na divisão de classes, essa neutralidade tem por objetivo não questionar os interesses e valores da classe dominante, prevalecendo então a ideologia burguesa de ensino.

Os defensores do projeto “escola sem partido” advogam a neutralidade e se dizem não partidários. No entanto, é de inegável importância reconhecer suas verdadeiras intenções que evidenciam um retrocesso a diversidade e a liberdade de expressão, além do sucateamento massivo do ensino público almejado por interesses privados pautados nessa ótica estritamente comercial que trata o conhecimento como mercadoria.

A Escola Sem Partido ou mais precisamente, Lei da Mordaça, vem como resposta ao que foi a luta dos secundaristas que se uniram barrando a reorganização das escolas e reivindicando melhores condições de ensino, de modo que, abriram espaço para um questionamento profundo do projeto de educação não só de São Paulo, mas do país inteiro. Dada essas condições, esse projeto de autoria tendenciosa e conservadora, corresponde a uma vasta repressão ideológica com objetivo de manter a dominação, coibindo o livre pensamento e o direito de manifestação desses jovens que se insurgiram contra a precarização da educação através de professores que fomentaram uma apropriação crítica do conhecimento além de proporcionar o entendimento do sujeito como agente transformador da própria história.

O acesso à educação e ao conhecimento é um direito histórico. É preciso fortalecer e melhor articular as lutas travadas em defesa da educação pública e de qualidade, contra os cortes do governo, as precárias condições de trabalho e CONTRA ESSE RETROCESSO que retalha toda e qualquer transformação social APRISIONANDO A AUTONOMIA DO PROFESSOR bem como alienando o espaço escolar.

A escola deve ser um ambiente democrático e crítico, um espaço de transformação para além da dominação dos interesses hegemônicos burgueses.

 
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