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MACHISMO NO ESPORTE
Diferença na premiação escancara machismo no vôlei
Rafaella Lafraia
São Paulo

Em meio às comemorações do importante título do grand prix de vôlei, conquistado pela seleção brasileira feminina , um fato lamentável escancarou o machismo existente no esporte, assim como em todas as esferas do capitalismo.

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A maioria das pessoas já verifica que o machismo é uma forma de segregação e que é um dos pilares estruturais da sociedade capitalista, estando presente em todos os lugares. Nos esportes não seria diferente. Como já apresentamos aqui, no futebol, esportes considerados “para homens”, várias jogadoras denunciam as diferenças. Mas, na semana passada, ficou evidente que mesmo em esportes considerados “para mulheres” o machismo se faz presente, como se observa na discrepância na premiação recebida pelo time masculino e o time feminino de vôlei brasileiro.

No último Grand Prix 2016, a disputa internacional de vôlei feminino, o time brasileiro foi campeão pela 11ª vez. Na premiação, na qual o time recebe prêmio em dinheiro, pode-se verificar que o valor recebido é menos que o dobro do recebido pela seleção masculina de vôlei, que foi vice-campeão na Liga Mundial de Vôlei. Na liga mundial masculina o último vencedor recebeu 1 milhão de dólares enquanto a seleção feminina do Brasil recebeu 200 mil dólares.

As atletas da seleção feminina de vôlei expressaram suas indignações sobre a discrepância na premiação em entrevista, mas, Assim como em todo o esporte que cada vez mais é ditado pelo mercado, a justificativa da federação internacional é a diferença de patrocínios, como afirma o presidente da Federação Internacional de Vôlei, Ary Graça, mas em entrevista alegou que irá rever o valor dedicado às mulheres. Vale ressaltar que a equipe feminina possui 11 medalhas no Grand Prix, enquanto a seleção masculina conta apenas 9 no torneio da Liga Mundial.

A diferença no valor da premiação foi comentada nas redes sociais, no início da semana passada e chegaram a ter mais de 2 mil retuitadas. No Twitter e em páginas do Facebook também houveram publicações das fotos da premiação, tendo milhares de compartilhamentos.

O machismo, como pilar estrutural deste sistema exploratório e opressor, está presente em todos os lugares e se expressa de inúmeras formas. O capitalismo se utiliza dos grupos socialmente subordinados por gênero, etnia ou raça para rebaixar os salários do conjunto da classe operária. No esporte não seria diferente, já que este não existe separado da sociedade, ele é fruto da sociedade e é, especificamente, o que homens e mulheres fazem dele. Assim, para além da paixão e lazer, não importando a modalidade esportiva, o esporte também deve servir como expressão de luta por igualdade de gênero e por todas as questões da classe trabalhadora.

 
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