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QUEDA RENDA
Renda per capita terá a segunda maior queda em 116 anos
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo
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Saiu no site Valor que o Brasil deve fechar o triênio 2014-2016 com a segunda maior queda na renda per capita em 116 anos. Com base num recuo de 3,5 % do Produto Interno Bruto previsto neste ano, o Instituto Brasileiro de Economia estima que o PIB per capita acumule retração de 9,4%.

Estes dados apresentados pelo site Valor, apenas mostra que quem paga pela crise econômica capitalista são os trabalhadores. Enquanto estamos vendo os bancos e grandes empresas baterem recorde de lucro, seja no governo de Dilma, seja no governo golpista de Michel Temer, milhares de pessoas estão desempregadas e outros milhares vendo o seu sustento ser corroído pela inflação e seus direitos sendo retirados.

Esta política consciente de fazer com que os trabalhadores paguem pela crise econômica que o país está passando chega a um nível extremo quando sabemos de casos como dos professores do Estado de São Paulo que estão sem receber reajuste há dois anos. Além desta denúncia, temos outras tão graves quanto de que vários Estados estão parcelando o salário de servidores públicos.

O caos não acaba aí. Além dos bancos e dos grandes empresários lucrarem horrores com a crise econômica, os políticos e funcionários de alto escalão tem a praxe de aumentar o seu próprio salário. Estes mesmos políticos que saem na televisão dizendo que é preciso que a população aperte o cinto e até dizendo que não podemos pensar na crise econômica, pois temos que trabalhar, como fez o governo golpista de Michel Temer.

O "pacote de maldades" não para por ai. O governo golpista de Michel Temer está prometendo para os grandes empresários e banqueiros um pacote de privatizações, visando privatizar mais do que já foi privatizado. O que desmonta a farsa de que os grandes empresários estão perdendo com a crise econômica, pois estas privatizações mostram que estes vão lucrar com tais medidas do governo golpista.

Este cenário caótico para os trabalhadores ocorre num momento de crise política muito aguda no país. No começo do ano tínhamos o governo da Dilma que estava aplicando seus ajustes, mas que não agradou suficiente os grandes empresários e banqueiros, fazendo com que estes orquestrassem um golpe para colocar alguém mais ajustador. Por sua vez, apesar das promessas, o governo Temer não está conseguindo aplicar os ajustes do imperialismo está desejando e com isso está surgindo a possibilidade de acontecer novas eleições.

Num cenário onde os salários estão caindo e que temos mas de 11 milhões de desempregados, é preciso se organizar

Para evitar que este cenário se aprofunde cada vez mais é preciso que os trabalhadores se organizem de forma independente de qualquer fração burguesa e lutar com os seus próprios métodos contra os ataques, mas também pra por abaixo o governo golpista de Michel Temer. Qualquer outra saída, que não seja a luta independente dos trabalhadores significa fortalecer aqueles que vão ser favorecidos com os ajustes.

Neste sentido é preciso denunciar a CUT, mas também a Força Sindical que não oferecem uma saída independente para os trabalhadores. A CUT, que se diz contra o golpe, apenas se limitou a fazer seus showmícios reivindicando a volta da Dilma, a mesma que nomeou no começo do ano passado ninguém menos do que Joaquim Levy. Enquanto isso, ela seguiu com a sua política de apoiar o Programa de Proteção ao Emprego dentro das fabrica, sufocando cada luta operária que acontece.

Já a Força Sindical, está mais claro do que nunca que vão cumprir o papel de correia de transmissão do governo golpista de Temer. As reuniões da Força Sindical e outras centrais sindicais com o Temer mostram que estes vão cumprir um papel fundamental de deixar que o governo golpista passe os ataques, como indica a reforma da previdência que está sendo prometida pelo o governo golpista desde o começo do golpe.

É mais do que necessário que os trabalhadores e demais setores populares da sociedade imponham uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana, que seja capaz de discutir questões como enfrentar o rebaixamento de salário e também as demissões. Que seja um espaço que discuta que os ricos devem pagar pela atual crise econômica e política que o país está vivendo.

 
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