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PROPINA ODEBRECHT
De acordo com o delator, banco da propina da Odebrecht girou 1,6 bilhões de dólares
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

O executivo Vinicius Veiga Borin, o novo delator da Operação Lava Jato, afirmou que Mein Bank Antigua, supostamente adquirido pela Odebrecht para passar propina no exterior, movimentou pelo menos 1,6 bilhão de dólares. No depoimento prestado no dia 17 ao procurador geral da Republica Orlando Martello, o delator declarou que o Mein Bank tem contas operacionais da Odebrecht, da mesma forma de offshore.

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Vinicius Borin relatou transferências ‘’suspeita’’ de contas associadas á Odebrecht que somam ao menos de 132 milhões de dólares. Ele trabalhou em São Paulo na área comercial do Antigua Overseas Bank, entre 2006 a 2010. Vinicius e outros ex - executivos do AOB se associaram a Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo Soares, então integrantes do Departamento de Operação Estruturada da Odebrecht para adquirir a filial desativada do Meinl Bank de Viena, em Antigua, paraíso fiscal do Caribe.

A empreiteira está negociando acordo de leniência. Seu principal executivo, Marcelo Odebrecht, esta próximo de acertar delação premiada com a Lava Jato. Em seu depoimento, Vinicius Borin não afirmou que Marcelo Odebrecht tinha conhecimento da estrutura financeira do esquema. Mas de acordo com o delator "pelo volume de dinheiro e da estrutura criada considera ser impossível ele (Odebrecht) não ter tido conhecimento de seu funcionamento’’.

É fato que a intenção da Odebrecht ao fazer estes esquemas espúrios é obter lucro a qualquer custo, mas também conseguir influência para se projetar nacionalmente e internacionalmente. O esquema da Odebrecht não é somente feito por esta grande empresa, mas sim faz parte da lógica capitalista, onde todas as empresas fazem todo tipo de esquemas espúrios para poder aumentar a sua fortuna.

Estas grandes empresas compram os políticos burgueses, para governar de acordo com os seus interesses. Tanto é que existem inúmeros deputados e senadores brasileiros envolvidos com a Odebrecht conforme já denunciamos anteriormente, pois ela conseguiu dinheiro para poder comprar influencia política e econômica.

Por outro lado, esta denúncia faz parte da continuação da operação Lava Jato, uma operação que não visa combater estes esquemas de corrupção destas grandes empresas, mas sim enfraquecer empresas nacionais para abrir espaço para empresas diretamente imperialista. Além disso, faz parte da mesma Lava Jato que visa desmantelar a burguesia representada pelo PT e avançar contra o PMDB para abrir espaço para burgueses que estão ligados diretamente ao imperialismo.

A única maneira de questionar a corrupção das grandes empresas é estatização das mesmas sob o controle dos trabalhadores, pois a raiz deste problema é a busca incansável pelo lucro e a única maneira de acabar com isso é tirar estas empresas nas mãos dos grandes empresários. Pra isso lutamos por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade, pois só assim os trabalhadores podem discutir ações para questionar este sistema do suborno e da exploração.

 
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