Os estudantes do ensino médio e fundamental da escola realizaram o protesto em frente à escola na manhã desta sexta-feira (17/06), paralisando as atividades, por volta da 7h da manhã. A EE João Batista que foi uma das escolas ocupadas pelos estudantes em 2015 contra o projeto de reorganização escolar de Alckmin, hoje luta pelo pagamento dos salários de suas trabalhadoras e também por ensino de qualidade, tendo em vista a situação crítica que a escola se encontra.
Como forma de reivindicar o pagamento dos salários, as trabalhadoras não estão mais limpando a escola e os próprios alunos estão realizando a limpeza de algumas partes da escola. Uma trabalhadora aponta: “Só voltaremos a limpar quando recebermos nossos salários. Não estamos trabalhando de graça. É todo mês a mesma coisa”, relatou uma trabalhadora que colocou também que há pelo menos cinco meses o atraso está acontecendo. “O pior é que isso (atraso) não vem de hoje. Estou com medo de ficar sem o trabalho. Eu tenho minhas contas pra pagar, isso não é justo”, completou.
Segundo a empresa terceirizada Top Service, o atraso nos pagamentos ocorre por falta de repasse do governo do Estado e o governo aponta que toda empresa deve ter saúde financeira por 3 meses.
Neste jogo nefasto de empurra-empurra entre a Top Service e governo Alckmin quem sofre são as trabalhadoras, que não receberam salário, além dos professores, estudantes e a comunidade escolar como um todo. Tendo como fator agravante o frio que vem atingindo fortemente o Estado de São Paulo e que torna trabalhos com o da limpeza ainda mais árduo, felizmente as trabalhadoras podem contar com a solidariedade dos estudantes. Estudantes estes que também vêm sofrendo com a situação de completo abandono na EE João Batista, condição comum de muitas escolas estaduais do ABC, do Estado de São Paulo e do país.
É fundamental cercar de solidariedade às trabalhadoras da limpeza da EE João Batista de São Bernardo, para que recebam imediatamente o pagamento por seu trabalho, nos unindo aos estudantes que já se colocam nesta perspectiva.
E com isso seguirmos na batalha pela efetivação dos trabalhadores terceirizados, da limpeza ou da merenda, nas escolas, universidades e demais locais de trabalho para que recebam todos os direitos de um trabalhador efetivo pelo serviço que já cumprem como tal.
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