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RIO DE JANEIRO
Freixo fecha pacto de não agressão com Rede e PcdoB, avançarão a maiores acordos?
Redação Rio de Janeiro

Foi amplamente divulgado na mídia carioca e nacional uma reunião ocorrida dias atrás entre os pré-candidatos a prefeitura carioca Marcelo Freixo, Jandira Feghali e Alessando Molon. Enquanto o primeiro é pré-candidato do PSOL e postulou-se opositor aos governos estaduais e municipais do PMDB todos estes anos, os outros dois do PCdoB e da Rede, respectivamente apoiaram Eduardo Paes e o PMDB até pouquíssimo tempo atrás.

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A reunião dos três candidatos supostamente de “esquerda” tem movimentado amplo debate na esquerda carioca nas redes sociais. Resolução do PSOL veta aliança com estes partidos. Em defesa de Freixo, formalmente, nenhuma aliança foi firmada, mas um acordo implícito de “não agressão no primeiro turno”, “defesa de participação nos debates de TV” e apoio mútuo em eventual segundo turno.
Não há, formalmente nenhuma “aliança” podem alegar os defensores de Freixo. Porém este acordo anuncia já dois combates não dados, e perspectivas futuras de maiores negociações.

Em primeiro lugar, trata-se de um “acordo de não agressão”, ou seja não criticar Jandira Feghali não só pelos muitos projetos de lei de “ajustes” contra os trabalhadores que votou como deputada federal, não só pelo papel ativo de defensora dos governos do PMDB, mas pelo papel direto que cumpriu nas gestões de Paes, onde chegou a ocupar uma secretária no primeiro mandato. Esta aliada de Freixo é parte integral do legado de Cabral, Paes e Pezão no Rio.

Já Alessandro Molon, recém filiado a rede de Marina Silva, oriundo do PT, responsável por votações similares as de Jandira, ergueu vozes mais críticas a Paes estes anos e agora no partido de Marina, financiado pelo Itaú, busca costurar uma aliança com o PPS e o PV de Gabeira. Ou seja, a candidatura de Molon será da parte “golpismo com cara progressista”.

Como ter uma candidatura socialista que se furte a combater que estas idéias se vendam de esquerda? Isto só pode acontecer afetando o próprio caráter da mesma, não a de Jandira ou Molon, mas a de Freixo.

O segundo aspecto não combatido por Freixo é a naturalização das restrições da nova lei eleitoral. Ao contrário de combater a mesma, inclusive questionando as mil e uma restrições a que os trabalhadores possam organizar-se e apresentar candidaturas que não através dos partidos constituídos legalmente, Freixo prefere implorar a que Jandira combate por sua presença na TV. Pela nova legislação partidos com menos de 10 deputados federais, coisa que seu PSOL não tem, não tem a participação nos debates como obrigatória, ficando a critério das emissoras. Ou seja, se a Globo quiser ocultá-lo, poderá legalmente fazê-lo.

Se, em 2012 em plena greve de servidores federais que tinham seu ponto descontado por Dilma, Freixo foi à TV dizer que se fosse prefeito poderia adotar o mesmo expediente de Dilma, nestas eleições, picado pela mosca azul já antes de iniciar a campanha busca “deus e o diabo” por seu sucesso, imaginemos até onde pode chegar em seu anseio de “flexibilidade” para erguer “outra cidade”, junto de Jandira, antiga base de apoio de Cabral, e dos amigos dos golpistas Molon.
A reunião dos três candidatos ainda não sacramentou nenhuma aliança no primeiro turno mas já deixa claras marcas de quais as perspectivas de Freixo e não estão descartadas maiores alianças em próximas reuniões.

 
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