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OCUPAÇÃO DE SECUNDARISTAS
Sartori terceiriza a repressão nas ocupações do RS
Guilherme Costa
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Após algumas semanas de conflito, onde dezenas de escolas no estado do Rio Grande do Sul encontram-se total ou parcialmente ocupadas por estudantes em defesa da educação pública, temos visto recentemente uma série de casos de repressão às ocupações. Essas medidas vão desde estudantes contrários ao movimento que, com extrema violência, atacam os ocupantes, até agressões físicas por parte de pessoas de fora da escola, bem como perseguição política por parte das direções. Elas tentam atacar o legítimo direito de manifestação por parte desses jovens que tomaram em suas mãos os rumos da educação.

Nas ocupações secundaristas do Rio de Janeiro houve um movimento semelhante - o movimento “desocupa”. Incentivados pelas direções e pela secretaria de educação, alguns estudantes contrários às ocupações passaram a atuar contra o movimento em defesa da educação. Esse movimento desocupa foi ganhando, pouco a pouco, contornos extremamente violentos, com ocupações amanhecendo com pedradas vindo do lado de fora e outras cenas lamentáveis e inaceitáveis.

Aqui no RS, presenciamos nessa segunda-feirauma violenta agressão ocorrida na ocupação da escola Protásio Alves, em Porto Alegre, onde, segundo a própria ocupação, a presidente do Conselho Escolar organizou um grupo de estudantes para invadir e desocupar a escola. Felizmente o movimento resistiu e seguiu ocupado. Em Caxias do Sul, na escola Cristóvão de Mendoza, um treinador do time de futebol ameaçou alguns estudantes de morte caso continuassem a ocupação. No dia seguinte, (segunda-feira, 30), a diretora da escola abriu um B.O. contra um dos estudantes acusando-o de calúnia após o movimento abrir o refeitório e descobrir que havia comida estragada desde muito tempo na escola (há fotos e provas que desmentem a calúnia). Como se não bastasse a direção prover os alunos com comida estragada, agora ela criminaliza o legítimo movimento.

Na semana passada presenciamos uma cena lamentável onde a diretora da escola Infante Dom Henrique se utilizou da confissão prévia de uma aluna acerca de uma grave violência que havia sofrido no passado para deslegitimar sua ação na frente de todos os estudantes. Fizeram um video denunciando esse caso, como se vê na página deles. No colégio Apolinário, também em Caxias do Sul, um homem adentrou o colégio portando uma barra de ferro e uma corrente, ameaçando os estudantes e correndo atrás das pessoas.


É preciso dizer com todas as letras: esse movimento é motivado e instrumentalizado pelo governo do Sartori.
Uma intervenção direta por parte da Brigada Militar, para reprimir o movimento, poderia causar uma revolta muito grande em amplos setores da população. O governador está calculando isso e não quer gerar um novo Junho em pleno 2016. Dessa forma são criadas formas “extra-oficiais” de repressão ao movimento, com estudantes organizados pelas diretorias e pela secretaria de educação a reprimir o movimento. Tal medida foi testada no Rio de Janeiro e agora se nacionaliza com o Rio Grande do Sul.

Devemos dar um basta a essa repressão e responsabilizar o governo e as direções por qualquer tipo de violência causada à legítima mobilização dos estudantes.

 
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