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FRANÇA
Em Paris, 100 000 pessoas contra a Lei do Trabalho. Blocos de trabalhadores combativos presentes massivamente!
Comitê de Redação - Révolution Permanente

Para esta oitava jornada de manifestações nacionais, em Paris, o tom mudou. Falta de combustível, corte de eletricidade, fábricas do setor automobilístico paradas, especialmente na PSA [PSA Peugeot Citroën], e numerosos trabalhadores do setor privado que se uniram ao movimento. Além das manifestações de rua, são agora as greves que predominam e os blocos de trabalhadores combativos, especialmente os da CGT, estão lá para demonstrar isso. A repressão como sempre esteve presente com 31 pessoas presas.

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As manchetes dos meios de comunicação dominantes são unânimes, “confrontos em Paris”, manifestação “marcada por confrontos e danos”. Tudo é feito para evitar mostrar uma manifestação massiva de por volta de 100 000 pessoas em Paris, para esta oitava jornada de mobilização em dois meses e meio, mas sobretudo para ocultar que o movimento operário estava, desta vez, massivamente mobilizado e em greve.

Atrás da manifestação, posicionou-se um bloco impressionante da CGT. Ao lado, blocos da confederação sindical FO e da Solidaires. Estavam presentes também numerosos trabalhadores do setor bancário e do comércio. Agora que as usinas nucleares entraram no movimento de greve (a baixa na carga foi constatada em 10 das 19 usinas nucleares francesas), a Federação Minas e Energia estava presente de forma expressiva.

Importante sublinhar a presença dos trabalhadores do setor automotivo, com blocos da Renault Flins, da PSA Poissy e de seus 180 grevistas, e também da PSA Saint-Ouen. Atendendo ao chamado da CGT PSA, numerosas fábricas do grupo PSA foram paralisadas, Valenciennes se colocando como a ponta de lança da mobilização. Foram, portanto, as uniões locais e as federações da CGT dos setores de energia e automotivo os mais bem representados.

À frente, estavam os blocos auto-organizados, com um primeiro bloco intersindical ferroviário, com as bandeiras das diferentes estações ferroviárias, diante dos trabalhadores dos correios que contavam com vários escritórios representados. Depois, o bloco de trabalhadores do setor social, pessoas da área da educação nacional, e também estudantes em solidariedade aos trabalhadores.

A presença policial estava forte, mas estes ficaram na retaguarda durante toda a manifestação. Na altura da rua Diderot, o clima ficou mais tenso. As forças policias cercam um grupo, depois, diante da pressão exercida pelo conjunto do ato aos gritos de “liberem nossos camaradas”, as forças policiais recuaram.

Como de costume, seria necessário enfrentar o comitê de recepção na Praça da Nação que tinha dois terços de sua área ocupada pelas forças do estado. O metro estava fechado. Muito gás lacrimogêneo foi utilizado contra os manifestantes. O serviço de ordem da CGT, ao contrário das manifestações precedentes, protegeu o conjunto dos manifestantes ao se colocar em frente à polícia.

É, assim, num ambiente resolutamente combativo com um movimento operário fortemente representado, que esta oitava jornada de greve nacional continua a exigir a retirada total, nem modificável, nem negociável, da Lei do Trabalho.

Tradução: Rodolfo Ferronatto de Souza

 
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