Em Lyon o ato começou às 11h30, horário local, desde a fábrica de tabaco e foi em direção a margem direita do Rio Rhône. A repressão e a violência policial não conseguiram dissuadir os trabalhadores e os jovens mobilizados. Cerca de 9.000 pessoas marcharam até a Praça Bellecour.
Há frente da manifestação, entre as bandeiras e faixas, os manifestantes tiveram o “prazer” de contar com a presença ameaçadora de um blindado com jato d’água, utilizado contra os manifestantes em várias ocasiões. Utilizaram-no contra “a ameaçadora juventude”, no começo e durante a manifestação, e inclusive contra um grupo de aposentados membros da CGT (Confederação Geral do Trabalho – organização sindical francesa). Além disso, um helicóptero seguia todos os movimentos dos manifestantes desde o alto, enquanto por terra milhares de policiais da operação de choque, com escudos e caminhonetes, vigiavam a mobilização.
Das fileiras dos atos, as faixas e uma grande bandeira da central sindical, exigia a “revogação imediata” da lei do trabalho. A manifestação chegou a Bellecour por volta do meio-dia.
Nesse momento, a prefeitura exigiu a saída de todos os manifestantes no menor tempo possível, que esta fosse feita antes mesmo do horário de almoço. Para eles, não há melhor método que o gás de pimenta e a repressão, inclusive antes que as organizações possam negociar com a polícia a saída dos cerca de 1.000 manifestantes que ainda se encontravam no local.
Oito manifestantes, a maioria jovens de cerca de 15 anos de idade, foram detidos e se encontravam durante toda a tarde de quinta-feira sob a custodia policial.
Em Loire, também participaram mais pessoas, aproximadamente 1.500 manifestantes em Saint-Etiene e centenas em Roanne. Em solidariedade aos ferroviários em luta, as via férreas foram bloqueadas durante uma hora e meia na estação Régny.
Ao longo da jornada de luta todos faziam a mesma pergunta. Quando será a próxima ação?
O governo segue em frente com a sua intenção de fazer passar a reforma trabalhista, mas as manifestações também se ampliam, enfrentando inclusive a brutal repressão policial.
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