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GREVE PROFESSORES RS
É possível efetivar a greve dos professores
Thiago Flamé
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A situação da educação pública no Rio Grande do Sul, como no resto do país, não vai nada bem. Professores, estudantes e toda a população sofrem com os cortes de verbas. Que a situação exige uma mobilização imediata esta mais do que evidente e são os estudantes que estão dando o exemplo. Já são mais de 40 escolas ocupadas e o movimento ainda tende a crescer. Nessa situação a entrada em cena dos professores, em unidade com os estudantes, poderia ser explosiva e representar um grande desafio aos planos do governo Sartori.

Ao mesmo tempo, a partir da indignação frente à repressão que estão sofrendo os atos contra o governo golpista de Michel Temer, o movimento anti-Temer vem ganhando força na juventude e cresce o questionamento a este governo ilegítimo. No RS estão dadas condições favoráveis para um movimento unificado em defesa da educação e contra o governo Temer, que poderia confluir com as mobilizações das universidades estaduais de São Paulo e os secundaristas em luta de SP, RJ e CE.

A direção central do Cpers, que ano passado fez de tudo para quebrar e esvaziar a forte greve de professores, esse ano chamou uma greve sem nenhuma preparação anterior, apenas para dizer que esta fazendo alguma coisa. Uma atitude irresponsável, no momento em que a direita ameaça com repressão e ataques maiores contra os trabalhadores e a juventude.

Os professores estão decepcionados com seu sindicato depois da traição de 2015 e não sentem confiança no chamado à greve. Essa é uma das explicações para um inicio de greve ainda bem de vanguarda. Quem poderia ajudar a reverter essa situação seriam os núcleos dirigidos pelas correntes de esquerda, principalmente o 38º e o 39º, de Porto Alegre.

Seria necessário que estes núcleos se dirigissem aos professores de forma clara e incisiva e colocassem todas as suas forcas para organizar assembleias em todas ou nas principais escolas de Porto Alegre, mostrando que é possível uma greve seria, controlada pelos próprios professores e não pela direção pelega. Em Porto Alegre, o 39º e o 38º poderiam organizar um comando de greve realmente democrático, com representantes das escolas e ser de fato uma alternativa de direção a direção central. Essa possibilidade poderia levar um novo animo a setores combativos que não entraram em luta pelo desanimo com o sindicato.

Já em diversos textos anteriores, inclusive fazendo um breve balanço da greve de 2015, nós do MRT temos insistido na necessidade da democracia direta para superar a direção central e democratizar um comando geral que já nasce burocratizado. O comando geral, que deve ser a direção da greve e da mobilização, precisa ser composto por representantes escolhidos nas escolas ou zonais. Em Caxias temos travado essa batalha no comando local, que já aprovou essa resolução sem o apoio da direção do 1º núcleo e estamos colocando nossas pequenas forças a serviço de organizar as assembleias de base e votar um comando local democrático e representativo. Esse é o único caminho para avançar numa grande luta unificada capaz de derrotar o governo Sartori.

 
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