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LUTA CONTRA O GOLPE
’Incendiar’ o país contra o golpe e os ajustes
Marcella Campos

Que o PT, a CUT e a CTB, bem como a UNE, não estão dando nenhuma luta efetiva contra o golpe que avança no senado e que alimentam a ilusão de que a solução possa vir das mãos sujas dos parlamentares todos temos clareza. Mas até onde vai essa política deliberada de paralisia?

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Para quem tinha alguma ilusão, Humberto Costa, líder do PT no Senado, parece dar a resposta ao declarar que PT não fará oposição radical e que não irá incendiar o Brasil, além disso sinalizou que os petistas podem ajudar aprovar, com seus parlamentares, medidas propostas pelo possível governo golpista de Temer, para ajudar a equilibrar a economia em crise. De certo, serão ataques aos trabalhadores, como a própria Dilma veio fazendo em seus governos para beneficiar empresários, empreiteiras e bancos, e que agora deve se aprofundar com Temer.

A estratégia petista contra o golpe vem se limitando ao discurso de vai ter luta, mas que até agora não se fez carne, a não ser com tentativas de acordos com parlamentares e partidos, traindo e minguando deliberadamente o movimento de amplos setores da população, que saíram as ruas em rechaço a direita e seus métodos golpistas, em detrimento de uma aposta eleitoral para 2018.

O PT reafirma assim seu projeto de partido da conciliação, que tem como tarefa conter as movimentações das massas pela via de suas burocracias sindicais e estudantis, para aparecer bem aos olhos da burguesia como alternativa confiável para a aplicação dos ajustes e ataques aos trabalhadores.

Dessa mesma forma a presidente Dilma, após o anuncio da decisão de Waldir Maranhão (PP-MA), presidente interino da Câmara, que anulou a votação reacionária do impeachment, pediu cautela a militância cutista-petista. Cautela para aguardar os trâmites burocráticos dessa anulação ou cautela para que o sentimento progressista contra o golpe e a direita não voltem a tomar força e saia as ruas novamente?

Ao que parece a CUT e os outros setores governistas temem mais as mobilizações de massas do que os próprios acordos pútridos com a direita reacionária, que durante anos o PT alimentou e hoje se volta contra seu próprio governo.

Com a decisão de Waldir Maranhão abre-se um novo cenário de indefinição sobre os próximos passos dos golpistas.

Por isso exigimos que as centrais sindicais, CUT e CTB, mas também a UNE, rompam com sua paralisia e que deixem de farsas como este dia 10 de maio, anunciado pela resolução nacional da CUT como um dia de "paralisações e mobilizações", mas que de fato não organizou assembleias nos locais de trabalhos e não discutiu absolutamente nenhum plano de luta efetiva contra o golpe, as demissões e os ajustes. Diferente dos estudantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, que hoje são ponta de lança de uma luta dura e independente contra os cortes e ataques a educação. É preciso agora seguir este exemplo e incendiar a luta contra o golpe.

Ao contrário do petismo, achamos que apenas com a mobilização dos trabalhadores, nas ruas, junto aos jovens estudantes que hoje radicalizam sua luta pela educação e pelo direito ao futuro com ocupações, greves e cortes de ruas e rodovias, é possível barrar o golpe e os próximos ataques que virão do eventual governo golpista de Temer e dos governos estaduais e municipais.

 
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