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Luta secundarista: tá vindo uma onda forte em defesa da educação
Odete Assis
Mestranda em Literatura Brasileira na UFMG
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A juventude secundarista que derrotou Alckmin, ano passado, voltou à cena numa onda de ocupações e mobilizações pelo país. Desde os atos contra os aumentos nos transportes, passando pela luta pelo direito de usar shortinhos nas escolas, até as dezenas de ocupações no Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará.

No RJ os jovens secundaristas saíram em defesa da educação e hoje já são mais de 75 escolas ocupadas. Em SP após uma série de atos contra o roubo das merendas, os secundas ocuparam no dia 28 de abril o Centro Paula Souza, responsável pela administração das ETECs e FATECs no estado de São Paulo. Dando início a uma série de ocupações, que até o fechamento dessa matéria contabilizavam 14 ETECs, 2 escolas estaduais e 2 diretorias de ensino. Impusionados pela luta dos estudantes no RJ e SP, os estudantes do Ceará também ocuparam escolas.

A repressão aos atos e ocupações vem crescendo, e após a polícia de SP arrancar violentamente os estudantes de dentro da ocupação do Centro Paula Souza, só escancarou que pros governos o diálogo com os estudantes que lutam é só na base do tiro, porrada e bomba.

A luta espontânea desses jovens rompeu com o burocratismo de entidades estudantis secundaristas e da UJS (PCdoB) que atualmente é a corrente que dirige UNE, UBES e UPES. Entidades que passaram anos mantendo o movimento estudantil passivo e serviram de obstáculo à organização das lutas. Os secundaristas venceram ano passado, justamente por terem sido contra o burocratismo dessas direções oficiais. Venceram também porque fugiram totalmente do script e do rotineirismo da esquerda adaptada à passividade dessas entidades, como PSOL e PSTU.
Essas lutas se somam com as lutas em curso nas universidades estaduais. Apontando o caminho para uma forte mobilização estadual, que pode se unificar com as lutas em todo o país numa mobilização nacional em defesa da educação.

A luta não é só pela educação, é uma luta pelo futuro de toda uma geração cujos direitos e sonhos vêm sendo esmagados pela crise. Essa luta, tendo na sua linha de frente as mulheres, os negros e as LGBT mostra como a juventude quer muito mais que seu direito à educação, essa juventude quer o direito ao seu corpo, à sua liberdade sexual, quer lutar contra toda e qualquer forma de opressão e todas as amarras imposta por essa sociedade capitalista. E se hoje os governos respondem com bombas, balas de borracha e a tropa de choque é porque ele já percebeu que esses jovens podem ser a faísca que junto à classe trabalhadora vai incendiar e transformar esse país.

 
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