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Eleições Argentina
"Enfrentar as ’forças do céus’ com a força das ruas", diz Myriam Bregman diante do fanatismo religioso de Milei
Redação

Após o reacionário discurso de vitória eleitoral de Javier Milei, Myriam Bregman, candidata à presidência pela Frente de Esquerda na Argentina, o respondeu colocando a necessidade de enfrentar os ataques “nas ruas”, fazendo oposição às “forças do céu” citadas pelo direitista. É necessário enfrentar os ataques que estão por vir com a força da classe trabalhadora.

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Myriam Bregman, candidata à presidência pela Frente de Esquerda, na Argentina, respondeu ao discurso fanático religioso de Milei com a necessidade de se enfrentar com os ataques da extrema-direita nas ruas.

Myriam se refere a um momento do discurso de Milei em que ele diz que “Quantas vezes dissemos e cansamos de repetir, que a vitória na batalha não vem da quantidade de soldados, mas da força que vem do céu”. Essa citação, originalmente de um trecho da bíblia, acena ao setor mais reacionário e de direita, logo após uma série de frases de efeito exaltando as ideias liberais, através das quais Milei construiu seu discurso ao longo da campanha eleitoral.

Além disso, o candidato eleito também agradeceu a Macri e Bullrich pelo apoio, mostrando como os setores da direita estão em unidade para atacar a classe trabalhadora. Ressaltou ainda, inúmeras vezes, que a Argentina terá um futuro pautado no liberalismo. Contraditoriamente, porém, afirmou que queria “dizer a todos os argentinos e a todos os dirigentes políticos, que todos aqueles que querem somar à nova Argentina serão bem-vindos. Não importa de onde vieram, não importa o que fizeram antes, não importa que diferença tenhamos. Estou seguro que é mais importante o que nos une, do que aquilo que nos separa.” Isso é uma sinalização de que estará mais disciplinado ao regime, e também que dará continuidade aos ataques agora impostos por Massa.

Milei também não citou em nenhum momento de seu discurso o FMI, principal responsável pela escalada da crise na Argentina. Os ajustes e as políticas do FMI fizeram os índices de pobreza disparar no país, e foram diretamente aplicadas pelo candidato peronista Sergio Massa.

Como Bregman responde, para se enfrentar com as “forças do céu” que virão para atacar cada vez mais a classe trabalhadora e o povo pobre argentino, é necessário estar junto à força das mobilizações nas ruas. O governo de Milei, cheio de debilidades, buscará intensificar os ajustes e ataques tal qual o governo Bolsonaro no Brasil, que herdou e aprofundou as políticas provenientes do golpe institucional de 2016. Devido à paralisia das centrais sindicais frente a isso, aqui no Brasil tivemos 4 anos de um reacionário governo de extrema-direita, e agora um governo de conciliação com Lula-Alckmin que não se propõe a revogar integralmente os ataques deste período.

Frente a este exemplo, a resposta é clara: a única forma de se enfrentar com o reacionário Milei é apostando e fortalecendo a mobilização nas ruas, impulsionada principalmente pela força da classe trabalhadora aliada ao povo pobre, para barrar o aumento da pobreza e a intensificação do arrocho econômico do FMI. Para isso é necessário que as centrais sindicais argentinas rompam com sua passividade e se coloquem de fato na luta, organizando assembleias em cada local de trabalho e um plano de lutas para se enfrentar com os ataques que estão por vir.

 
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