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Em Porto Alegre
Denúncia: supermercado Carboni obriga homem de 73 anos a abaixar as calças
Redação Rio Grande do Sul

Porto Alegre I Na noite deste último sábado (23/09) mais um grande mercado de Porto Alegre/RS praticou uma abordagem vexatória contra um homem de 73 anos.

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Foto: Reprodução

O fato ocorreu no mercado Carboni, localizado na Av. Bento Gonçalves, onde Seu Sidney, que possui uma hérnia, foi abordado por dois seguranças armados e acusado de roubar um pedaço de carne, devido ao volume em sua roupa. Veja a denúncia de sua neta em um post que publicou nas redes sociais:

“Ontem (23/09) por volta das 20h, meu vo foi no supermercado Carboni (av. Bento Gonçalves 4950 - Porto Alegre) fazer umas compras. Quando na saída, foi abordado por 2 seguranças (armados e sem identificação) acusando-o de ter roubado uma carne e escondido na cueca. Meu avô possui uma hérnia inguino-escrotal, que é bastante volumosa e visível.

Fizeram meu vô abaixar as calças e a cueca para provar que não havia roubado a carne. Meu vô de 73 anos, sozinho, em frente a porta principal do supermercado, teve que mostrar seus órgãos genitais (com várias pessoas presenciando a cena) para se provar inocente.

NINGUÉM presente no momento, interviu ou prestou qualquer apoio para meu vō.

Meu vô já infartou 3 vezes e tem inúmeros problemas graves no coração, com toda essa situação, ele passou mal e por muito pouco não aconteceu algo grave.

Não tenho palavras pra descrever o que eu e minha familia estamos sentindo. Já fizemos o boletim de ocorrência e agora o @carbonisupermercados que nos aguarde na justiça, pois tomaremos TODAS as medidas possíveis e cabíveis. Esse absurdo que aconteceu não pode passar em branco e os culpados terão que ser responsabilizados.”

Não é a primeira vez que um grande varejista se utiliza de métodos grotescos e violentos. Além de lucrarem com o trabalho precário de milhares de trabalhadores, explorando sua mão de obra, literalmente, até a morte, como o caso do Carrefour de Recife, que escondeu o corpo de um trabalhador morto sob guarda-chuvas e manteve funcionamento normal da loja. As grandes redes de supermercados têm como rotina abordagens inexcrupulosas que nas situações mais extremas levam inclusive ao assassinato, como foi o brutal caso de Nego Beto, morto por seguranças do mercado Carrefour em 2020.

A exposição de seu Sydney, uma pessoa idosa e fragilizada por diversas condições clínicas, a uma situação de vexame público é a prova mais cabal de que as estruturas mantidas pelos patrões e capitalistas, longe de serem casos isolados, são feitas para manter os negros, pobres, periféricos e demais minorias sob a sola dos sapatos do capital e seus cães de guarda, usando a violência sem pudor contra os trabalhadores e atentando contra suas vidas, sem necessidade de provas ou qualquer respeito aos seus diretos.

Basta destas violências policialescas, que são incentivadas inclusive pelo Estado, que também segue massacrando vidas negras e periféricas! Somente a classe trabalhadora aliada a todos setores oprimidos pode dar uma saída para derrubar esse sistema capitalista que descarta vidas em prol da defesa da propriedade privada.

 
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