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CRISE NA UERJ
Estudantes se unem aos terceirizados em protestos contra crise na UERJ
Jean Barroso

Cerca de 50 trabalhadores terceirizados, da empresa Construir, responsáveis pela limpeza da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e do Hospital Universitário Pedro Ernesto, se uniram à um grupo de estudantes em uma passeata nesta manhã, indo do campus Maracanã até o HUPE.

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Os trabalhadores da limpeza da UERJ, que estão sem receber há já 9 dias, organizaram nesta manhã uma passeata exigindo o pagamento de seus salários. Em crise orçamentária desde o ano passado, a falta de pagamentos dos trabalhadores terceirizados tornou-se uma realidade das Universidades públicas UERJ, UEZO e UENF. Na UERJ, os trabalhadores da manutenção, da empresa terceirizada Navelle, estão há 5 meses sem receber.

Os ascensoristas, por sua vez, passaram fevereiro e março sem receber. Com o atraso neste mês de abril, paralisaram os elevadores durante algumas horas desta segunda-feira, dia 13. A Universidade alega falta de repasse de verbas pelo governo do estado, mas ofereceu 100 reais por dia para que os ascensoristas voltassem a trabalhar nos elevadores. Segundo os trabalhadores da limpeza, a UERJ só vai pagar os salários no mês de julho.

Cerca de 50 trabalhadores da limpeza se concentraram no pátio de entrada da UERJ – Maracanã para seguir até o Palácio da Guanabara, exigir o pagamento dos seus salários. Um grupo em torno de 20 estudantes juntou-se aos trabalhadores, com bumbos e megafones, manifestando-se contra o autoritarismo da reitoria, o atraso de bolsas e o déficit de quase 600 professores, se somando e apoiando os terceirizados.

O ato seguiu até o Hospital Universitário Pedro Ernesto, aonde estudantes e trabalhadores fizeram muito barulho, denunciando a falta de transparência na prestação de contas da UERJ, e que a universidade iria paralisar suas funções caso não houvesse o pagamento dos salários, e com corte da rua Teodoro da Silva.

De lá, os trabalhadores seguiram para o Palácio da Guanabara, acompanhado apenas por alguns estudantes. Uma comissão entrou para negociar, e lá foi lhes dado a resposta de que o Governo do Estado daria aval para a empresa Construir contrair um empréstimo para quitar as dívidas.

Durante a noite, um novo ato estudantil reuniu cerca de 150 estudantes na UERJ. Após subirem os 12 andares da universidade, passando nas salas e ganhando adesão de vários cursos. O grupo decidiu protestar na rua, fechando a Avenida São Francisco Xavier no sentido Zona Sul. Os estudantes cantaram pelo pagamento imediato do salário dos terceirizados. Também defenderam em suas palavras de ordem que a luta dos estudantes por suas reivindicações deveria se unificar com a dos trabalhadores terceirizados na luta contra o PL 4330, que não tem seus direitos trabalhistas respeitados e se enfrentam constantemente com atrasos de salários e a precarização do trabalho.

 
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