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CRISE POLÍTICA
Novas manifestações nesta quinta-feira marcam cenário de polarização nacional
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Com total incentivo e apoio da grande mídia, manifestações de apoio ao juiz Moro e à operação Lava-jato, e contra o PT e a nomeação de Lula ao Ministério da Casa Civil ocorreram em algumas cidades nesta quinta-feira (17/03), a maioria delas com número bastante reduzido de pessoas. Também os petistas se articularam com manifestações em defesa do governo federal e de Lula.

Manifestantes contra e pró-governo entraram em confronto em frente ao Palácio do Planalto pela manhã. Ao menos um manifestante pró-governo foi espancado na Praça dos Três Poderes. Houveram panelaços e buzinaços em algumas regiões de São Paulo, a maioria com pequena expressão, como em Pinheiros, Jardim Marajoara, Imirim, Vila Mariana, Mandaqui e Vila Olímpia, por exemplo. Na posse de Lula ao Ministério houve maior presença da membros da Central Única dos Trabalhadores, apesar dos ajustes que o próprio governo do PT tem feito contra os trabalhadores, apenas gritaram palavras de ordem de apoio incondicional a Lula e a Dilma, ignorando também os escândalos de corrupção do governo. Os manifestantes contrários ao governo hostilizaram e começaram a jogar garrafas nos parlamentares do PT quando estes chegavam ao Congresso.

A Associação dos Juízes Federais chamou um ato que foi realizado em frente à sede da Justiça Federal em algumas cidades, com destaque à Curitiba, defendendo “por independência judicial” e apoio ao juiz Sérgio Moro. O fato é que querem uma blindagem ao caráter seletivo da Lava-jato, que não aprofunda nas denúncias em relação à todos os partidos, blindando os corruptos de PSDB e PMDB, e que atua com bandeira política clara.

Após ampla cobertura de grandes canais de televisão que já levantam bandeiras políticas antigoverno e a favor dos articuladores do impeachment acerca do vazamento ilegal de grampos telefônicos dos petistas, e com campanha ferrenha contra a nomeação de Lula para compor o governo, em algumas cidades ocorreram manifestação sem chamado oficial, em outros casos houveram chamados de grupos de direita, como o MBL.

O ato que mais chamou a atenção da grade mídia foi na Avenida Paulista em São Paulo, tendo início por volta das 18:15h da quarta-feira a manifestação se estendeu noite adentro, com algumas centenas de manifestantes por volta das 21h, no todo do ato o número de pessoas foi bem pequeno na maior parte do tempo. Ao menos três casos de agressão foram registrados a quem divergia dos manifestantes, um adolescente de 17 anos que passava com sua bicicleta, um casal de jovens pela noite, e uma mulher foram duramente agredidos e hostilizados.

O bloqueio da Avenida Paulista gerou congestionamento nesta quinta-feira (17), já que o ato varou a noite, e a Avenida estava bloqueada pela manhã. Chama a atenção também a diferença de tratamento da mídia e da polícia diante das manifestações. Nas manifestações por demandas populares, como pela educação, pelo transporte, a grande mídia costuma fazer uma cobertura de clara criminalização, com ênfase em “confusões”, e a polícia militar age duramente com repressão para acabar com os atos, exigindo muitas vezes o aviso prévio dos trajetos, e buscando taxar as manifestações como ilegais. Nos atos desta semana claramente capitalizadas por grupos de direita, apesar de episódios como espancamento de transeuntes, de bloqueio de avenidas importantes por horas a fio sem qualquer aviso prévio, de garrafas atiradas em parlamentares, não se ouviu uma vez sequer a palavra “vandalismo” nas reportagens da grande mídia.

 
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