Há uma semana, veio à tona denúncia de distribuição de cartilha religiosa pela PRF. Trechos da cartilha recomenda leitura da bíblia. No entanto, servidores reclamaram alegando que o governo não deveria misturar religião e trabalho. MP decidiu investigar o caso, no qual será aberto no Rio Grande do Sul.
É de conhecimento de todos que um dos principais eixos da campanha do atual presidente Bolsonaro vem sendo a ofensiva religiosa e fundamentalista – e muitas vezes racista, atacando outras religiões de matrizes africanas, com ajuda de pastores como Marco Feliciano. Sua esposa, Michelle Bolsonaro é a principal figura na campanha fundamentalista para atrair setores evangélicos, com direito a oração no gabinete da presidência e cultos no planalto.
O procurador responsável pela investigação pediu informações tais como se há realização de encontro religiosos nos espaços da públicos da PRF e se essa informação está à disposição do público, bem como a manifestação do diretor geral da PRF, entre outras.
Essa é mais uma tentativa do bolsonarismo e da extrema-direita de aprofundar os laços entre o Estado e Religião, em benefício de setores conservadores e pastores milionários e bilionários, e continuar negando o direito à educação sexual e de gênero nas escolas e o aborto legal, seguro e gratuito, avançando contra os direitos das mulheres e LGBTs. A força das mulheres aliado aos trabalhadores pode derrotar esse fundamentalismo da extrema-direita e assegurar a separação entre Estado e religião.
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