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Conciliação
UNE, CUT e grandes centrais assinam carta patronal da FIESP e Febraban
Redação

Manifesto "pró-democracia" impulsionado pela FIESP conta com assinatura de CUT, UGT, Força Sindical, UNE e outras entidades.

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Prédio da FIESP em apoio ao golpe institucional de 2016.

A Fiesp, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, deve publicar nesta sexta, 05, um novo manifesto “pró-democracia” ao lado de outras instituições patronais como a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), e também ao lado de centrais sindicais (CUT, Força Sindical e UGT), a UNE (União Nacional dos Estudantes) e demais entidades.

Este manifesto, que contará com a assinatura de representantes dos setores patronais e financeiras, reforça o movimento da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito. O manifesto se coloca supostamente em compromisso “com a soberania do povo brasileiro expressa pelo voto e exercida em conformidade com a Constituição".

Trata-se supostamente de uma tentativa de oferecer uma “resposta” aos setores que hoje temem um possível golpe bolsonarista, diante das escaladas dos discursos de Bolsonaro. Entretanto, para aqueles que não possuem uma memória assim tão fraca, é possível facilmente resgatar incontáveis situações em que a própria Fiesp foi uma das maiores articuladoras para que o tão respeitável “Estado democrático de direito” fosse pisoteado ao apoiar o golpe institucional de 2016.

O manifesto aponta: "Nossa democracia tem dado provas seguidas de robustez. Em menos de quatro décadas, enfrentou crises profundas, tanto econômicas, com períodos de recessão e hiperinflação, quanto políticas, superando essas mazelas pela força de nossas instituições". O que ele não resgata é que a Fiesp teve papel determinante, além do golpe, também na pressão patronal que exerceu em todo o período posterior para que se aprovasse uma série de reformas e planos de ajustes, como a reforma da previdência e a reforma trabalhista, que avançaram em minar quaisquer resquícios de direitos trabalhistas que até então estavam previstos pela Constituição.

Como viemos insistentemente denunciando no Esquerda Diário:
“É a cara do cinismo que, por um lado, busca conter a ameaça golpista de Bolsonaro, mas, por outro, batalha para que se mantenha o mesmo programa econômico de Paulo Guedes, programa perfeitamente alinhado aos interesses da ditadura patronal da FIESP, só que, desta vez, levado adiante pelo próximo presidente da República que, ao que as pesquisas indicam até o momento, pode ser a chapa Lula-Alckmin. É completamente falso a FIESP buscar aparecer como oposição a Bolsonaro, pois estiveram todo o tempo lado a lado quando o tema foi descarregar a crise nas costas dos trabalhadores.”

Leia também: A democracia da FIESP é feita de ataques e reformas à la Bolsonaro

Não podemos confiar nessas grandes patronais que ainda ontem apoiavam um golpe, e desde sempre estiveram munidas de um programa econômico ultraliberal, como se fossem eles a defenderem a democracia. Para a FIESP, defender a democracia é sinônimo de depender a propriedade privada, o livre mercado e a exploração.

Leia: Para FIESP, democracia é propriedade privada, livre mercado e exploração

Bolsonaro e a extrema direita devem ser enfrentados assim como também deve ser enfrentada essas patronais sanguessugas que lucram às custas da miséria da população.

As centrais sindicais como a CUT e a CTB, e a UNE enquanto entidade estudantil nacional, deveriam romper imediatamente com essa política de alianças que, na prática, é reacionária, pois só favorece os patrões. Precisamos enfrentar Bolsonaro e a extrema direita na luta de classes, por meio da nossa auto-organização, começando por impulsionar um verdadeiro plano de lutas contra as ameaças golpistas e pela revogação de todas as reformas e ataques.

 
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