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Direito ao aborto
"Todo aborto é crime", diz cartilha do Ministério da Saúde de Bolsonaro. Legalização já!
Cássia Silva

Ontem, 8 de junho, o governo publicou pelo Ministério da Saúde uma cartilha que diz: "Todo aborto é crime", um ataque frontal da corja da extrema-direita contra pessoas que morrem por aborto clandestino. É urgente lutar por aborto legal, seguro e gratuito no Brasil, se inspirando nos EUA e na Maré Verde da Argentina.

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O governo Bolsonaro afirma em cartilha editada e disponibilizada pelo Ministério da Saúde que "todo aborto é crime" no Brasil, um ataque reacionário às mulheres, homens trans e pessoas não-binárias que morrem todos os dias nesse país por causa de abortos clandestinos, por não terem o direito de decidir sobre seu próprio corpo.

Junto a Bolsonaro, estão Damares, a corja do MBL e militares, contra os quais a juventude e trabalhadores, como os da UFMG, vão às ruas neste 9 de Junho, enfrentando-se com os cortes da educação e com o pagamento de mensalidade nas universidades públicas.

Não podemos aceitar! Eles atacam nossos direitos, assim como aplicam reformas, como a Reforma Trabalhista, que diz que gestantes têm que trabalhar até os nove meses, e a Reforma da Previdência, que impõe que a massa precária, com linha de frente de mulheres negras e o conjunto dos setores oprimidos, tenham que trabalhar até morrer. Esse é o discurso ideológico, como o que diz que meninas vestem rosa e meninos vestem azul, como o que diz que meninas estupradas no Pará têm que vestir calcinha, que está lado a lado de cada ataque, também viabilizados pelo Congresso e pelo STF.

Vale lembrar que foi o STF que quis humilhar Mari Ferrer em sessão pública, depois de sofrer um estupro coletivo, mas que as mulheres responderam nas ruas com o grito de Justiça por Mari Ferrer.

Contra o bolsonarismo, contra Bolsonaro, Congresso, militares e STF, precisamos nos inspirar na luta contra a extrema-direita que ataca o direito ao aborto nos EUA e na Maré Verde na Argentina, que arrancou a legalização do aborto! Que a classe trabalhadora se unifique ao conjutno dos setores oprimidos e povo pobre por aborto legal, seguro e gratuito! Contraceptivos para não engravidar e educação sexual para escolher! Basta de mortes por abortos clandestinos! Pelo direito à maternidade plena: que os capitalistas paguem a crise capitalista inflacionária e pelo fim da polícia que arranca a vida de tantas Ágathas e João Pedros!

Nesse sentido, devemos confiar nas nossas próprias forças, ao contrário do que faz a conciliação de Lula, Dilma e PT, que não legalizou o aborto em 13 anos de governo e fortaleceu a bancada evangélica com a Carta ao Povo de Deus. O PT cedeu a presidência da Comissão de Direitos Humanos a Marcos Feliciano, pastor homofóbico, machista e racista que carrega uma acusação de estupro, além das declarações abjetas em defesa da ditadura e torturadores.

Veja também: Lula e o discurso sobre o aborto: não é com conciliação e demagogia que vamos conquistar esse direito

A luta pelo direito ao aborto precisa partir da necessidade imperiosa da auto-organização dos trabalhadores e da juventude do movimento estudantil em aliança com o movimento de mulheres para impor com a força das ruas e com os métodos da nossa classe o direito ao aborto legal, seguro e gratuito. É nessa perspectiva que nós do Pão e Rosas atuamos nos locais de trabalho e estudo, para fazer emergir uma força independente dos trabalhadores que se coloque como tribuno dos oprimidos e possa derrotar Bolsonaro, Damares e a extrema-direita, sem depositar nenhuma ilusão em saídas de conciliação de classe como as de Lula e do PT, na perspectiva de avançar na luta por um governo operário de ruptura com o capitalismo.

 
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