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CUNHA NO STF
Agora: Denúncia contra Cunha está sendo analisada no STF
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Depois de muita enrolação e manobras, a denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), está sendo analisada pelo STF. Acompanhe o resultado pelo Esquerda Diário.

Já está reunido o plenário no Supremo Tribunal Federal (STF), para enfim decidir se aceita a denúncia de corrupção passiva e lavagem de dinheiro contra Eduardo Cunha, apresentada pela Procuradoria Geral da União em agosto de 2015.

Citado no esquema de corrupção da Petrobrás, acusado de ter recebido pelo menos cinco milhões de dólares, o conservador presidente da Câmara poderá passar a ser réu em ação penal, dependendo do julgamento dos onze Ministros da Corte, em ação que configuraria como primeiro processo criminal em julgamento no STF dentro da Operação Lava Jato.

Além dessa denúncia, Cunha está envolvido em outras duas investigações: do recebimento de propina de 52 milhões de empreiteiras e a existência de contas secretas na Suíça em seu nome.

Também após insistentes manobras, em sessão no Conselho de Ética da Câmara dessa madrugada, Cunha perdeu por 11 a 10 a votação que decidiu pela continuidade do processo disciplinar que pede a cassação do deputado. Embora o resultado não seja favorável a Cunha, o relator Marcos Rogério (PDT-TO) retirou do texto a menção ao recebimento de propina, sendo o presidente da Câmara investigando então, apenas por ocultamento de contas bancárias no exterior.

Em relação ao julgamento de hoje no STF, a defesa de Cunha se limita a dizer que o deputado não teve acesso a todos os depoimentos de seus delatores, que seu nome foi citado em depoimentos complementares e que é o terceiro na linha sucessória da Presidência da República, tentando com isso, que não seja instaurado processo contra ele, e que continue sem impedimentos no cargo de presidente da Câmara e na autoria de projetos que atacam os direitos das mulheres e dos trabalhadores.

O STF deverá ainda hoje, analisar o pedido de Rodrigo Janot, procurador geral da República, que pede o afastamento imediato de Cunha da presidência da Câmara, argumentando que o deputado atrapalha o andamento da Operação Lava Jato e atrasa o processo no Conselho de Ética de sua cassação.

Segundo conhecidas denúncias, Cunha usa seu cargo para intimidar testemunhas contrárias e para, através de acordos espúrios, envolvendo cargos públicos, ganhar aliados para a sua defesa, usando seu cargo e privilégios em benefício próprio.

Cunha expressa o que há de mais conservador e retrógrado na política brasileira: ataca os trabalhadores, os direitos das mulheres, envolve-se em escândalos de corrupção, usando o cargo em benefício próprio e da patronal.

É preciso colocar fim à democracia dos ricos e um passo inicial para isso é que os trabalhadores sejam os que decidam sobre o futuro dos políticos, juízes e funcionários de alto escalão. Para que não haja mais manobras como as de Cunha, é necessária a revogabilidade do mandato de todos os políticos, onde os trabalhadores possam decidir quem continua nesses cargos e quem sai, de acordo com os interesses da classe trabalhadora e da população pobre.

 
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