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São Paulo
"Coloco meu nome à disposição para compor a chapa ao governo de SP ao lado de Altino", diz Maíra Machado
Redação

Maíra Machado e MRT apresentam ao Polo Socialista Revolucionário a proposta de seu nome como vice na chapa para governador de SP, ao lado de Altino. Maíra é dirigente do MRT, do grupo de mulheres Pão e Rosas e professora da rede estadual de SP.

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Durante live, conduzida por Letícia Parks e Fernanda Peluci, MRT apresenta ao Polo Socialista Revolucionário a proposta de que Maíra Machado, dirigente do MRT e do grupo de mulheres Pão e Rosas e professora da rede estadual de SP, seja vice na chapa para governador de SP junto a Altino, metroviário e militante do PSTU. Essa proposta se dá em nome do combate a essa extrema direita que governa o país e em busca por construir uma alternativa nas eleições e também nas lutas que tenham como perspectiva a independência da nossa classe frente à direita e todos os patrões.

Veja na íntegra:
Porque me proponho a ser vice na chapa para governador de SP com Altino pelo Polo Socialista

Letícia Parks, que é professora, e Fernanda Peluci, metroviária de São Paulo e foi uma das demitidas políticas de Alckmin em 2014, promoveram uma conversa com Maíra sobre as eleições que acontecerão em outubro e as alternativas que se apresentam como caminho para derrotar Bolsonaro e a extrema direita, mas sem confiar na conciliação de classe expressa na chapa Lula-Alckmin.

Frente a toda carestia de vida, com milhões de pessoas vivendo na insegurança alimentar, retorno do trabalho infantil, desemprego massivo, ataques contra os setores mais oprimidos, inflação altíssima que atinge o preço dos alimentos, do gás de cozinha, dos combustíveis, tudo isso fruto de uma política reacionária de Bolsonaro, Mourão e os militares, com a ajuda de outros poderes que carregam os interesses da burguesia, Maíra colocou que para derrotar a extrema direita é preciso entender que "a política de conciliação de classes dos governos do PT abriu espaço pro golpe institucional, fortaleceu o centrão, o agronegócio, a bancada evangélica, esses mesmos que agora são a base do governo Bolsonaro. E frente a isso o PT não está propondo um outro caminho, ao contrário, isso é aprofundar a conciliação”.

A conformação da chapa Lula-Alckmin, coloca Lula ao lado daquele que era o escolhido pela burguesia e o imperialismo para governar o país no pós golpe institucional. Esse aspecto foi ressaltado por Maíra e também por Fernanda já que nos anos de governo do PSDB com Alckmin à frente os trabalhadores se enfrentaram com repressão e precarização. Um exemplo emblemático foi a demissão dos metroviários de SP que lutavam pelos seus direitos e contra a privatização do Metrô em uma greve histórica em 2014.

Além disso, Maíra falou sobre os ataques do PSDB à educação “aproveito o momento pra fazer uma denúncia, vocês acreditam que agora o governo de São Paulo, que tem à frente o Rodrigo Garcia, estão implementando uma carteirinha para os estudantes que é um QR que vai servir pra limitar a merenda? Eu estou indignada com isso! Tão fazendo tudo na miúda, mas já tem diretora de escola denunciando que eles querem limitar a 100g a quantidade de comida por estudante! Cara, tem muito aluno que vai pra escola com fome e é essa a política do PSDB!!! E pior que não é novidade, todo mundo lembra que o Doria queria dar ração para as crianças e o Alckmin é conhecido por ser Ladrão de Merenda! do roubo das merendas dos milhares de alunos da rede pública estadual, dos ataques contra os professores que sempre apanharam pelas mãos da polícia de Alckmin.”

Fernanda Peluci complementou dizendo que “cada dia fica mais claro o projeto neoliberal que essa chapa Lula-Alckmim está propondo, que Alckmin conhece muitíssimo bem, que acenam aos empresários, reconciliação com golpistas, poupam os militares.... e aliás agora aqui no estado de SP Haddad tá saindo candidato e diz que vai lutar contra o projeto tucano que o próprio Alckmin construiu por tantos anos. Uma grande contradição”.

Em relação à participação do MRT no Polo Socialista Revolucionário Maíra Machado coloca que “dentro do Polo Socialista Revolucionário estão justamente organizações socialistas, como o PSTU, a CST, outras do PSOL, além de ativistas independentes que compõem um setor de lutadoras e lutadores que se posicionam contra esse projeto de conciliação de classes. Nós do MRT batalhamos justamente para constituir um polo de independência de classes, ligado organicamente à luta dos trabalhadores, das mulheres, da juventude, das LGBTs, das negras e negros. O Polo se apresenta defendendo a perspectiva revolucionária socialista, diferenciada também das organizações da tradição stalinista como o PCB e UP, que defendem outra concepção de socialismo, os estados burocráticos, e que em vários momentos, e hoje em vários países, praticam a conciliação de classes. Esse momento é bem interessante porque o PSOL atravessa uma crise histórica, justamente porque se dissolveu no PT, se aliando com Alckmin, além de terem feito uma federação com a Rede da Marina Silva. Nós queremos que todos os militantes e simpatizantes do PSOL que também não querem se dissolver nessa chapa do Lula com Alckmin e nessa Federação com Marina Silva, e que querem dar o combate para que sejam os capitalistas que paguem pela crise e não a gente, pra que rompam com o PSOL e venham construir o Polo. É pelo Polo que lançaremos nossas candidaturas do MRT e também é no Polo que estamos levando a proposta de eu ser vice na chapa para governador de SP, junto ao companheiro Altino do PSTU, e também fizemos a proposta de Pablito para vice-presidente, junto à companheira Vera Lúcia. A gente se inspira bastante no exemplo que vem da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores da Argentina, a FIT-U.”

Como professora da rede estadual de São Paulo, na cidade de Santo André, Maíra faz o alerta sobre o que representa também essa política de conciliação, que junto com a burocracia instalada nas direções dos sindicatos dos trabalhadores, aprofundou cada vez mais os ataques contra a educação:

“Frente a tudo isso as Centrais Sindicais, como a CUT e CTB deveriam estar mobilizando o conjunto da nossa classe, atuando para unificar as lutas, mas ao contrário disso, essas centrais dirigidas pelo PT e PCdoB atuam para frear qualquer desenvolvimento da nossa luta, para chegar tudo em paz em outubro e poderem consolidar no governo esse projeto de conciliação de classes, só pra colocar um exemplo, a Bebel, presidente da APEOESP que é do PT declarou numa reunião do sindicato que para combater os ataques à educação é preciso entrar nesse grande movimento eleitoral em apoio ao Lula e Haddad”.

Sobre as demandas mais urgentes sentidas pela população, Maíra chama a atenção pela necessidade de uma reforma urbana radical, a revogação das reformas trabalhista e da previdência e também das batalhas por reajuste automático de salários mensalmente de acordo com o aumento do custo de vida com a inflação, a estatização da Petrobras sob gestão dos petroleiros e controle popular, pelo não pagamento da dívida pública que sangra nossas riquezas, enfim, um programa para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

Por fim, passando por diversos temas, Maíra Machado reafirmou sobre a proposta dela compor a chapa para o governo de São Paulo, junto ao Altino que é metroviário também e militante do PSTU, assim como a proposta de que Pablito seja vice na chapa para presidente junto à Vera Lucia. Ainda ressaltou que estar juntos no Polo não quer dizer que não existam posições diferentes entre as organizações que ali estão. “Nós como MRT estivemos na linha de frente da luta contra o golpe institucional de 2016, contra a Lava-Jato e a prisão arbitrária do Lula, sempre com uma posição política independente do PT. Sabemos que essa é uma diferença que temos com os companheiros do PSTU. E consideramos que poder expressar que há posições diferentes é muito importante para que o Polo se fortaleça, e que possa se ampliar com companheiras e companheiros que também rechaçaram o golpe, e que agora não aceitam o caminho do PSOL de acompanhar a conciliação PTista e se juntar com Alckmin e Marina. Isso no marco de que os acordos que temos em pontos importantes permitiriam uma forte chapa de independência de classe baseada em eixos de agitação comum. Que expresse a unidade entre diferentes organizações da esquerda socialista e revolucionária. Isso é fundamental e tem a ver com os desafios de hoje e do futuro, já que existe uma ampla unidade burguesa sobre os ataques aos nossos direitos.”

 
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