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Independência de classe
Enfrentar o bolsonarismo e expulsar os militares da política com nossa luta e independência de classe
Redação

O governo Bolsonaro, viúva da ditadura, foi o que mais trouxe generais apoiadores da ditadura da caserna para a política nacional e segue aumentando as regalias para eles, como receberem salários acima do teto constitucional, enquanto milhões passam fome no país.

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Atualmente, os militares interferem cada vez mais nas instituições. Isso vem levando a diversos atritos entre as instituições e os militares, a mais recente sendo a acusação do ministro Barroso de que os militares tentam intervir no processo eleitoral em 2022, o que em contrapartida levou à indignação de generais.

Os militares, que nunca estiveram tão presentes num governo desde a Constituição de 88, repetidas vezes saudaram os tempos da ditadura militar. Na prática, saúdam um governo autoritário, que aplicou uma série de ataques aos trabalhadores e promoveu torturas e massacres brutais contra os povos indígenas, como revela o Relatório Figueiredo. Hoje, os militares voltam ao centro da política para serem protagonistas de novos ataques aos trabalhadores e assistir garimpeiros assassinarem indígenas.

Os privilégios desses militares parasitas são absurdos no país de fome. Generais que estão no governo Bolsonaro receberam até R$ 350 mil a mais em um ano. Isso foi possível após Bolsonaro assinar uma portaria permitindo o acúmulo de salários e aposentadorias acima do teto constitucional, estabelecido em R$ 39,3mil/mês. O general Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, recebeu R$ 874 mil durante o ano, segundo a Folha de SP, R$ 306 mil a mais. Ao todo, 43 militares da reserva se beneficiaram de verba pública. Enquanto Bolsonaro e Paulo Guedes mantêm intacto o teto de gastos, cortam da saúde e da educação, fazem de tudo para privatizar estatais como a Eletrobrás, seguem aumentando as regalias dos militares que nada produzem.

Para derrotar Bolsonaro, o bolsonarismo, a direita e os militares, não podemos confiar no judiciário, no TSE e nas mediações bonapartistas. Prova disso é que tanto os militares quanto as instituições tutelaram o golpe institucional, a prisão arbitrária de Lula e assim manipularam as eleições de 2018. E esses mesmos militares agora se colocam como quem está preocupado com a idoneidade das eleições de 2022. Além do mais, foi o próprio TSE que convidou os militares a "ajudarem" no processo eleitoral deste ano. É preciso confiar na força da classe trabalhadora, que foi expressada, por exemplo, nas greves dos professores e metroviários de Minas e dos metalúrgicos da CSN em São Paulo.

Nesse sentido é necessário exigir que a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e o PCdoB, juntamente com a UNE organizem-se pela unificação das lutas em cada local de trabalho e estudo, com setores oprimidos, o povo pobre e os indígenas Yanomami. Setor que vem se colocando em luta no país desde o acampamento contra o marco temporal no ano passado e que vem sendo atacado cada vez mais pelo regime.

Temos que cobrar das centrais que rompam a trégua com o governo Bolsonaro, e que até agora tiveram o objetivo de promover uma inércia intencional para não atrapalhar as alianças eleitorais do Lula com Alckmin. Na verdade, não possível derrotar o Bolsonaro e a extrema-direita se aliando com a direita que fez parte dos ataques contra os trabalhadores. O que precisamos é de um programa de independência de classe dos trabalhadores, setores oprimidos e povo pobre que se enfrente com os ataques do Bolsonaro e da direita e com a carestia de vida que eles nos impõem.

Veja também: As disputas entre Bolsonaro e STF

Lula se prepara para governar e dar continuidade à obra do golpe, gerindo o país das reformas trabalhista e da previdência, do teto de gastos e das privatizações. Pela revogação integral e imediata da reforma trabalhista e de todas as reformas e privatizações! Pelo reajuste automático dos salários de acordo com a inflação, emprego para todos e contra a precarização do trabalho! Por auxílio de um salário mínimo para todos desempregados! Pela redução drástica e imediata dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, e por uma Petrobrás 100% estatal e sob controle dos trabalhadores e da população!

 
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