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Chile
Governo Boric reprime trabalhadores terceirizados que protestavam em refinaria
La Izquierda Diario Chile

Carabineiros reprimiram trabalhadores da Companhia Nacional de Petróleo (Enap) em Hualpén, na região de Biobío, onde um protesto de terceirizados bloqueou o acesso.

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Esta segunda-feira, um grupo de Carabineiros de Controle da Ordem Pública chegou à entrada da refinaria para notificar os trabalhadores que seriam despejados do local, com uma ordem assinada pela delegada presidencial regional de Biobío (a autoridade designada pelo presidente da República do Chile para atuar como seu representante natural e imediato), Daniela Dresdner.
Com uma repressão que incluiu caminhões pipa, gás lacrimogêneo e uma série de prisões, a polícia conseguiu liberar o acesso à refinaria da Enap (Companhia Nacional do Petróleo) através do uso da força contra os trabalhadores.

“É assim que o governo nos paga, o mesmo governo em que você votou, hoje é assim que nos paga, com repressão. Todos aqueles que votaram no (Gabriel) Boric, hoje estão recebendo isso em troca”, disse Víctor Sepúlveda, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Subcontratados.

Os trabalhadores disseram que o atual presidente, Gabriel Boric, assinou um documento de compromisso em setembro de 2021 para dar respostas às suas demandas. A empresa ENAP (estatal) havia anunciado no fim de semana a paralisação das operações em decorrência dos bloqueios como forma de pressionar o fim das mobilizações e não responder às demandas dos trabalhadores.

Os trabalhadores terceirizados vêm buscando renegociar as condições de trabalho que estavam congeladas desde 2017, quando foi assinado o último acordo com a empresa ENAP. Conforme apontado pelo sindicato, os trabalhadores terceirizados recebem salários e benefícios menores para prestarem os mesmos serviços que um trabalhador regular da fábrica.

Após o despejo violento e sem responder às demandas dos trabalhadores, a delegada presidencial regional de Biobío, Daniela Dresdner, afirmou que "desde o governo sempre priorizaremos o diálogo como ferramenta de resolução de conflitos, porém, quando necessário, vamos usar as outras ferramentas que o Estado de Direito nos dá”, um eufemismo para dizer que estão dispostos a reprimir quando for “necessário”.

 
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