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Polo Socialista Revolucionário
Propomos ao Polo Socialista Revolucionário o nome de Maíra Machado para vice governadora de São Paulo
Redação

Buscando uma forte unidade entre os setores que genuinamente querem lutar para que sejam os capitalistas que paguem pela crise que assola o país, e que não acompanham a diluição do PSOL na chapa Lula-Alckmin e com a Rede de Marina Silva, propomos ao Polo Socialista Revolucionário o nome da Professora Maíra Machado como pré-candidata a vice-governadora na chapa encabeçada por Altino Prazeres, do PSTU. Frente às promessas mentirosas de Haddad de acabar com o Tucanistão com o PT aliado ao principal representante do tucanato, queremos fortalecer o Polo como uma alternativa de independência de classes, expressando a unidade entre diferentes organizações políticas socialistas e revolucionárias.

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O cenário eleitoral está em ritmo acelerado no país, ao mesmo tempo em que milhões de pessoas engrossam a fila do desemprego e a carestia de vida bate recordes junto com a inflação. Bolsonaro, Mourão e a extrema direita buscam recompor suas bases de sustentação, enquanto seguem atacando abertamente nossas condições de vida, comprometidos com um programa econômico que está a serviço de descarregar a crise nas costas dos trabalhadores. O PT vem se relocalizando na crise com promessas de que a população brasileira “poderá ser feliz novamente” desde que vote na chapa Lula/Alckmin e tire Bolsonaro do poder. Nada poderia ser mais falacioso, já que a política do PT de conciliação de classes e aliança com a direita foi justamente o que fortaleceu essa direita, que protagonizou o golpe institucional que abriu caminho ao governo Bolsonaro. Agora, em meio à crise, a aliança com a burguesia traz consigo ainda mais ataques à condição de vida da maioria da população.

Frente a esse cenário, o PSOL atravessa uma crise histórica que se concretiza em sua diluição na chapa Lula/Alckmin e na Federação com a REDE Sustentabilidade da Marina Silva, partido financiado pelo Itaú e que votou a favor dos mais profundos ataques impostos pelo regime do golpe institucional, como a reforma da previdência.
Nesse marco é ainda mais importante que uma forte voz de independência de classe seja apresentada no processo eleitoral, buscando através do Polo Socialista Revolucionário articular a unidade entre organizações e ativistas socialistas que querem de fato combater a extrema direita bolsonarista baseados na luta da classe trabalhadora e dos setores oprimidos. É nesse sentido que colocamos aqui publicamente - depois de ter apresentado à coordenação estadual provisória do Polo Socialista Revolucionário, considerando a importância de que essa proposta seja debatida coletivamente - o nome da companheira Maíra Machado, professora estadual de São Paulo, para ser pré-candidata a vice governadora de São Paulo, junto ao companheiro Altino Prazeres do PSTU, para contribuir para que o Polo se fortaleça e amplie como um espaço de unidade entre diferentes organizações que compartilham esse objetivo.

Marcella Campos, professora da rede estadual de São Paulo, diretora da APEOESP e dirigente do MRT, declarou: “compartilho com Maíra anos de lutas e combates em defesa dos professores e da escola pública. Juntas a milhares de professores, estivemos na linha de frente das últimas greves e mobilizações da categoria e sabemos qual a marca do PSDB para a educação, que é a da precarização da vida do professor, da escola e também da transformação da educação em formadora de mão de obra barata para a super exploração. Enfrentamos a repressão dos governos do PSDB aos professores. Apresentamos a proposta de Maíra ser pré-candidata a vice-governadora também porque queremos com a força de professoras e professores, lutar pela revogação de todas as reformas impostas contra nós como a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista”.

Fernanda Peluci, diretora do Sindicato das Metroviárias e Metroviários de São Paulo, disse: “Maíra esteve com os metroviários em diversas mobilizações de nossa categoria, em 2014 era presença cotidiana nos piquetes de greve em que eu e dezenas de trabalhadores fomos demitidos por Alckmin! E esteve conosco durante a pandemia na defesa da sede de nosso sindicato, que Doria queria tomar da gente. Nos últimos anos, a precarização do trabalho na categoria metroviária foi brutal, por isso é fundamental lutar contra a precarização do trabalho e por reajuste salarial automático de acordo com a inflação, auxílio emergencial igual ao salário mínimo para acabar com a fome, pela efetivação dos terceirizados sem necessidade de concurso público, pela redução da jornada de trabalho a 6 horas, 5 dias por semana, sem redução salarial para dividir todas as horas de trabalho e enfrentar o desemprego”.

Marcello Pablito, trabalhador da USP e dirigente do MRT, declarou: “nos últimos anos temos visto o papel das grandes centrais sindicais de nosso país, que atuam para pacificar e conter a luta da classe trabalhadora, fazendo acordos com governos a patrões e negociando nossa vida em nome de ter um lugar ao sol nesse regime degradado, por isso exigimos que as centrais sindicais rompam com sua paralisia e organizem nossas forças. Esse combate tenho há anos travado junto à Maíra, que foi diretora da APEOESP, travando o combate contra a burocracia sindical encastelada”.
Vitória Camargo, estudante da Unicamp, disse: “Haddad diz que quer acabar com o “Tucanistão”, mas o PT está aliado com Geraldo Alckmin, que foi o “governador do tucanistão” por 14 anos. A juventude lembra bem que já estiveram juntos antes, durante as jornadas de luta de 2013, quando Alckmin era governador de São Paulo e Haddad prefeito, e ambos aumentaram as tarifas dos transportes e reprimiram juntos e fortemente a juventude e os trabalhadores que tomavam as ruas. Essa não é uma alternativa aos candidatos de Bolsonaro e Doria no estado, Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia. Maíra sempre esteve ao lado da juventude que luta contra a repressão e a violência da polícia que mata a juventude negra.”.

Diana Assunção, dirigente do MRT, nos contou: “Compartilhei com a Maíra muitas lutas, há vários anos, contra a opressão machista, pelos direitos das mulheres, como ao aborto legal, seguro e gratuito. Foi levantando bandeiras como essas, e com o objetivo de fortalecer as lutas da nossa classe, que Maíra foi candidata a vereadora de Santo André em 2016, por filiação democrática no PSOL, sendo a candidata mais votada da legenda no ABC paulista. Já em 2020, era pré-candidata novamente, quando o PSOL se coligou naquela cidade com a Rede de Marina Silva, apontando para o caminho que seguem hoje, e Maíra protagonizou uma luta política contra essa aliança, e terminou retirando sua candidatura, em defesa da independência de classe.”

Maíra Machado declarou: “Hoje é fundamental a batalha em defesa da independência política da nossa classe em relação à burguesia, e precisamos agrupar as forças da esquerda socialista que estão nessa batalha. Apresentamos o meu nome como proposta ao Polo Socialista Revolucionário como pré-candidata a vice-governadora, para ser debatido junto à outras propostas, com esse objetivo, e para ajudar o Polo a se fortalecer e ampliar, expressando que é um espaço de unidade entre diferentes organizações que compartilham dessa batalha. Afinal, é preciso apresentar de fato um programa para enfrentar os ataques da crise capitalista, na perspectiva de batalhar por um governo de trabalhadores em ruptura com o capitalismo e agrupando todos os socialistas e revolucionários que querem derrotar Bolsonaro, mas entendem que o caminho de aliança com a direita e os patrões proposto pelo PT só fortalece a direita e não é uma alternativa para nossa classe.

 
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