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São Paulo
Capital paulista sofre com falta de testes, enquanto média móvel de casos chega à 300%
Redação

A população da capital paulista vem sofrendo com a falta de testes na capital, enfrentando há semanas enormes filas para realizarem os testes. Em decorrência da ômicron, nas últimas duas semanas aumentou em 300% a média móvel de casos de Covid. Além disso, a cada 10 vagas de UTI, 8 estão ocupadas por pacientes que precisam de cuidados intensivos. João Dória e Ricardo Nunes são os responsáveis!

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Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo/03-01-2021

Há semanas, vem havendo filas de teste tanto nos postos de saúde quanto nas farmácias e clínicas particulares na capital, onde o teste pode passar dos R$100,00, tornando um direito que deveria ser totalmente gratuito em um privilégio para poucos.

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Os mais afetados são os trabalhadores, que sofrem a indecisão de não saberem se podem trabalhar ou não e garantir o seu sustento diário, enquanto o governador João Dória (PSDB) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), seguem empurrando os trabalhadores à pandemia, não garantindo o isolamento social com a proibição das demissões, deixando os transportes lotados, entre outras medidas absurdas que mostram toda a demagogia desses políticos burgueses, que colocam os lucros dos patrões acima das vidas trabalhadoras.

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A prefeitura da capital recebeu na segunda-feira (24) 350 mil testes rápidos de Covid-19, que podem ser suficientes por apenas mais 30 dias.

A Prefeitura fala em realizar um novo pregão para a compra de mais 1 milhão de testes nas próximas semanas, o que é completamente insuficiente, tendo em vista que São Paulo tem pouco mais de 12 milhões de habitantes.

A média móvel dos últimos 7 dias mostra que o número de contaminados por Covid-19 na capital ainda está acelerando, em uma curva ascendente.

No dia 12 de janeiro, há praticamente duas semanas, a média móvel era de 455 registros positivos para Covid. Na segunda-feira (24), esse número bateu 1.819, um crescimento de 300%.

Além disso, do dia 10 até ontem (24) a taxa de ocupação dos leitos Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) nos hospitais municipais da cidade de São Paulo cresceu 770%, sendo 365 pessoas com quadro agravado da Covid, levando à quase 80% dos leitos ocupados.

Ou seja, a cada 10 vagas em UTI, 8 estão ocupados por pacientes que precisam de cuidados intensivos. Há duas semanas, o cenário não parecia ser tão alarmante, mas a explosão de casos acabou ocorrendo por causa da variante ômicron. De acordo com infectologistas, a ômicron é menos letal, mas se espalha mais rapidamente do que as demais variantes da Covid-19.

No caso das enfermarias, a situação é parecida. No dia 10, haviam 146 pacientes internados. No domingo (23), já eram 448. Uma evolução menos explosiva, mais ainda alta, superior a 200%.

No dia 10, eram 98 leitos de UTI-Covid no sistema hospitalar da cidade de São Paulo, e atualmente são 474, um aumento de 380% - metade do que foi a demanda por internação em UTIs. Nas enfermarias, o número saltou dos 230 leitos para 635.

No Hospital da Brasilândia, na Zona Norte da capital, a ocupação de UTI é de 92% e na enfermaria, 83%.

No Hospital Tide Setúbal, na Zona Leste, que tem 28 leitos entre UTI e enfermaria, 27 estão ocupados, então a taxa de ocupação é de 96%.

No Hospital Guarapiranga, na Zona Sul, são 106 leitos ocupados de 190 disponíveis se somados os leitos de UTI e enfermaria, uma taxa de ocupação de 56%.

Já o Hospital Professora Lydia Storopolli, na região central, tem 121 leitos ocupados de 180 disponíveis também somados UTI e enfermaria, uma taxa de ocupação de 67%.

O Hospital Waldomiro de Paula, na Zona Leste, tem 75% de leitos de enfermaria ocupados (12 de 16 disponíveis).

Já o Hospital de Parelheiros, na Zona Sul, que até a semana passada não fazia parte da rede de ampliação de atendimento para Covid, tem atualmente uma taxa de ocupação de 9,5%. São 5 leitos ocupados de 52 disponíveis.

Nos hospitais particulares a situação também é preocupante. A taxa de ocupação de UTIs de 80% deles está em torno de 40%.

Além disso, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é de 65,5%, em todo o estado, e de 70,7%, na região metropolitana de São Paulo.

Esses dados alarmantes escacaram que nem o demagogo João Dória, que tenta se colocar como "opositor racional" ao negacionista Bolsonaro, nem Ricardo Nunes, nenhum dos dois são capazes de fazer um controle minimamente racional da pandemia. O interesses deles é empurrar os trabalhadores para o desemprego, a miséria e a morte, com o objetivo de garantir os lucros dos capitalistas.

Em contraposição à gestão irracional da pandemia realizada por Bolsonaro, governadores, prefeitos, STF e Congresso, é preciso um plano de emergência com testes massivos e isolamento adequado de infectados, além de uma reorientação das forças produtivas para estas sejam utilizadas para combater a crise sanitária e as mazelas econômicas que ela traz consigo no capitalismo.

Com informações de G1

 
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