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ESTUPRO NO METRÔ
Sindicatos e grupos de mulheres protestam contra estupro e terceirização
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Nessa sexta feira, 10 de abril, foi realizada uma manifestação na estação República do metrô de São Paulo contra a violência à mulher, assédios e contra a terceirização. No dia 02 de abril uma trabalhadora terceirizada da empresa Prodata (que faz recargas de Bilhete Único) de apenas 18 anos foi estuprada dentro de seu local de trabalho, na cabina da empresa na estação República. O estupro se deu às 23h30 quando a funcionária havia terminado o fechamento e saía da cabine.

O ato foi organizado por diversas organizações de mulheres como a Marcha Mundial de Mulheres, o grupo de mulheres Pão e Rosas, o coletivo Olga Benário, o Movimento Mulheres em Luta, o coletivo Juntas, entre outras, e também por alguns partidos políticos e sindicatos. Você pode conferir abaixo vídeo com a declaração de Marisa Santos, da Secretaria de Mulheres do Sindicato dos Metroviários, que esteve à frente do ato.

As pessoas presentes lembraram em suas falas que a trabalhadora estuprada, assim como todos os trabalhadores terceirizados, trabalhava em condições inseguras, além de já sofrer cotidianamente com a superexploração que significa o trabalho terceirizado. Felipe Guarnieri, cipista da Linha 1-Azul do metrô e membro da agrupação Metroviários pela Base, da bancada de trabalhadores da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), já vinha alertando sobre a insegurança das cabines de recarga do Bilhete Único em diversas estações.

Foi lembrado também do problema que os usuários passam cotidianamente com o transporte superlotado, em especial as mulheres que correm o risco de serem assediadas. Os manifestantes desmentiram a propaganda do governo e do metrô de que tem funcionários preparados para lidar com a situação, dizendo que o metrô não tem agentes de segurança e nem funcionários nas estações em número suficiente para dar conta de atender satisfatoriamente aos usuários e usuárias.

O protesto também se colocou contra a terceirização, relembrando como esses trabalhadores estão mais expostos a condições inseguras de trabalho, além de ganharem salários baixos e não terem benefícios. Foi ressaltada a importância de lutar contra o PL 4330, que regulamenta e aprofunda a terceirização e que está em tramitação no Congresso Nacional .

Segundo Marília, trabalhadora demitida do metrô na greve do ano passado, membra do grupo de mulheres Pão e Rosas, “dia 15 de abril, dia em que o PL 4330 será colocado novamente em votação no Congresso Nacional, está sendo convocada por diversas Centrais Sindicais uma paralisação nacional e protestos em todo país contra esse PL. É muito importante que os trabalhadores e trabalhadoras participem dessa luta e que os sindicatos construam essa paralisação, pois se esse PL passar a terceirização vai se aprofundar e mais trabalhadores e trabalhadoras vão ficar sujeitos a esse tipo de situação absurda!”.

 
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