Atualização: 09/01
As primeiras informações são que uma "tromba d’água” junto aos rochedos fez com que eles deslizassem e despencassem de uma altura de mais de 5 metros, atingindo as lanchas.
As fortes chuvas ocorrem pelo menos desde o início de dezembro, sendo que o norte do estado foi acometido pelas mesmas enchentes que atingiram 822 mil pessoas na Bahia. Na região metropolitana de BH, também chove há dias, causando inundações e estradas interditadas. Mais cedo, um dique transbordou na Mina Pau Branco, explorada pela siderúrgica Vallourec.
Mesmo frente a essas situações, não há notícias de inspeção no local para averiguar a estabilidade dos rochedos e determinar medidas de segurança. Geógrafos afirmam que o acompanhamento constante de especialistas e fiscalização podem evitar acidentes deste tipo, já que os paredões rochosos do lago de Capitólio são em sua maioria formados por quartzitos, e nesse caso, que está fraturado, e são essas fraturas ocasionadas por variação térmica, entre outros fatores, que se desprenderam. Especialistas explicam que fraturas como essas podem levar incontáveis anos para se desprenderem, e um acompanhamento contínuo é capaz de alertar as mudanças nos rochedos.
A Marinha foi acionada para que seja realizada a investigação do que de fato ocasionou os deslizamentos dos rochedos na região dos cânions.
É preciso garantir que as investigações sejam independentes, realizadas sob comando de especialistas da região, trabalhadores do lago, comunidade local e movimentos sociais, para que frente a mais essa tragédia, não sejam priorizados os lucros de empresas que operam no local.
Flavia, professora em Minas Gerais e editora do Esquerda Diário, declarou:
Abaixo, vídeo do desabamento:
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