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Nova variante
Com a Ômicron, Europa fecha fronteiras para países africanos e os deixam à própria sorte
Redação

Com o surgimento da nova variante, as potências imperialistas da Europa começaram a fechar suas fronteiras para vários países africanos, muitos que ainda nem tiveram casos confirmados.

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Na última semana, uma nova variante do coronavírus foi descoberta na África do Sul, país que tem menos de 25% da sua população vacinada. A variante Ômicron, vem preocupando cientistas e pesquisadores pois tem pode ser mais contagiosa que a variante Delta, e tem possibilidade de inutilizar as vacinas desenvolvidas até agora. Já teve casos da nova variante detectadas em países da europa.

Com essa variante detectada pela primeira vez em um país africano, vemos que mais uma vez as potências europeias fecham suas fronteiras de forma discriminatória com esses países pobres. Essa situação já ocorreu em outro momento logo no início da pandemia, e de forma mais hipócrita. A Europa estava vivendo uma verdadeira crise devido ao aumento de casos e mortes e superlotação de seus hospitais. Mas quando o país africano de Moçambique registrou 5 casos, os países europeus fecharam suas fronteiras e não permitiu a entrada de viajantes desses país, mesmo com o números de caso sendo ultra baixos, sem número de mortes e nem internações. Isso ocorreu da mesma forma com outros países africanos.

Essa medida vai totalmente contra o problema e o temor de uma nova variante assola o planeta todo e agrava a pandemia. Primeiro que a variante ter sido detectada em um país africano, não significa que ela tenha surgido lá. Segundo porque as nações ricas viram novamente as costas para os países pobres, sem auxiliar com pesquisas, e tratamentos para prevenir e combater a propagação dessa variante nesses países. Não apenas países europeus, e os EUA fecharam suas fronteiras, mas o próprio Brasil sob governo do negacionista Bolsonaro, fechou a fronteira para 6 países africanos.

A África é um dos continentes que mais sofrem com a falta de vacinas. O continente que possuí a maior parte dos países pobres do mundo, com uma população total de mais de 1,2 bilhão de pessoas, tem menos de 5% da população vacinada. Nem mesmo os profissionais da saúde receberam a vacina. O país mais adiantado na vacinação é a África do Sul, que como falamos anteriormente, tem menos de 25% da população vacinada.

Veja: Enquanto 35 nações pobres não têm 5% da população com 1ª dose, 13 países já aplicam a 3ª

O pânico gerado pela chegada de uma variante perigosa vinda das regiões menos vacinadas do mundo é parte da irracionalidade do capitalismo de conjunto, com seus empresários, multinacionais, Estados, políticos e mercados financeiros, que priorizaram os lucros no lugar das vidas. Isso se dá de forma mais escancarada no negacionismo da extrema-direita, mas abertamente nas patentes privadas e no nacionalismo das vacinas, que lucrou com a desigualdade provocada pela própria rapina imperialista e impediu o acesso à imunizantes nos países mais explorados e oprimidos. Lucraram bilhões gerando a situação ideal para que novas variantes se desenvolvam, superem as tecnologias vacinais já desenvolvidas e nos levem à estaca 0 do combate ao coronavírus.

Por isso a urgência da luta pela quebra das patentes e pela reconversão das indústrias sob controle dos trabalhadores, para produzir todos os imunizantes, insumos e infraestrutura necessária para combater a pandemia até o fim.

Saiba mais: Quebra das patentes das vacinas já contra a variante Ômicron e a irracionalidade capitalista

 
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