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#25N
Mulheres contra a violência de gênero, as reformas e por Fora Bolsonaro e Mourão
Flávia Telles

No dia 25 de novembro, dia internacional de combate à violência às mulheres, exigimos nenhuma a menos, reforçando que é preciso lutar nas ruas contra Bolsonaro, Mourão, a violência de gênero e as reformas, e fazer com que os capitalistas paguem pela crise. 

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A crise capitalista chega em seu 14° ano descarregando fortemente a crise nas costas de milhões de mulheres e meninas, com a fome, o desemprego, as mortes pela Covid-19 e as reformas e ataques que atingem sobretudo, as mulheres negras em nossos país. Os números da violência de gênero se multiplicam ano a ano e deram um salto na pandemia.

Segundo pesquisa recente do Instituto Locomotiva e Patrícia Galvão, 90% dos brasileiros consideram que o local de maior risco de feminicídios é justamente na casa das mulheres, cometidos pelos parceiros. Um dado reforçado pelo fato de que 30% das mulheres, já foram ameaçadas de morte por companheiros ou ex, e 1 em cada 6 já sofreram tentativas concretas de feminicídio, morrer por apenas ser mulher é uma realidade colocada no capitalismo. O Brasil registra um feminicídio a cada 6 horas e meia, sem contar a subnotificação.

A realidade da violência de gênero está colocada para as meninas desde muito cedo. Segundo dados da Unicef, uma menina de até 14 anos foi estuprada a cada 20 minutos no Brasil de 2017 a 2020. Além disso, a violência sexual aumentou em 9% com meninas crianças de 5 a 9 anos. 

Essa são expressões de um ciclo de violência à mulher, já que estamos diante de uma grande cadeia da violência que se expressa nos assédios, estupros, até o fato das mulheres estarem entre os mais pobres, serem as que mais morreram por covid, e serem fortemente atacadas pelas reformas e ajustes que vem se colocando com ainda mais força desde o golpe institucional. 

Casos como as demissões de grávidas e suspensão de vale alimentação na Cutrale é um dos exemplos do que os patrões vêm reservando para as mulheres, que são fortemente atingidas por uma realidade de aumento da precarização do trabalho, com a reforma administrativa e reforma da previdência, fome e desemprego.

Para responder a essa realidade só há um único caminho, a mobilização das mulheres aliada aos trabalhadores que consiga impor desde um plano emergencial de combate à violência, quanto a luta contra esse governo machista e misógino, que agora sanciona a Lei Mari Ferrer, depois de ser parte de alentar os estupros e violência a mulher, além de negar direitos como o aborto a milhões de mulheres que morrem com procedimentos clandestinos, como é defendido por Damares Alves. 

Para encontrar o caminho da mobilização, as direções do movimento de mulheres, que são as mesmas direções dos sindicatos precisam unificar as demandas, organizando um plano de lutas real e pela base, com atos e mobilizações que de fato tenham a cara da força do movimento de mulheres para lutar por Fora Bolsonaro e Mourão e contra todas as reformas e ataques do regime político. 

Infelizmente, não é esse o caminho apontado. No próximo dia 04, vem sendo chamado atos nacionais com o lema de "Bolsonaro Nunca mais", atos que poderiam ser fundamentais para expressar que as mulheres não aceitam esse governo e que são uma força real e que podem derrotar os ataques junto aos trabalhadores. Mas o que está colocado até agora, são atos que têm onde sobressaem os objetivos eleitorais, que se utiliza da força das mulheres pra fazerem atos protocolares, que sirvam para fortalecer Lula para 2022, que já vem deixando claro as possibilidades de alianças com a direita até mesmo de Alckmin, inimigo da educação e das mulheres e não organizados pela base, debatendo com as mulheres qual programa levar às ruas em cada local de trabalho e de estudo.

O Pão e Rosas está na linha de frente para construir um forte dia 4 de dezembro, batalhando por essas ideias e programa que possa responder a realidade das mulheres trabalhadoras e pobres do país, e pela construção do ato, junto a essas mulheres, à juventude e os trabalhadores, e seguiremos lutando por cada demanda, defendendo também, a construção de um feminismo socialista, revolucionário e internacionalista.

A situação das mulheres e trabalhadores no país é dramática, nossa força deve servir para fortalecer uma perspectiva de luta e não de alianças com aqueles que vem passando ataques a nós, como são os representantes dos partidos da direita, do Congresso e STF, que não tem nada a oferecer as mulheres. 

Por isso, nesse dia 25, nós do Pão e Rosas defendemos que nossa luta contra a violência de gênero é uma luta sem nenhuma confiança no Estado capitalista, tomando as ruas por Fora Bolsonaro e Mourão, já que também lutamos contra o militar saudosista da ditadura, contra as reformas que atacam as mulheres e para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

 
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