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Indígenas
Funai proíbe o ingresso de médicos em Terra Yanomami, “por quê não proíbe o garimpo?”
Diego Nunes

O povo Yanomami sofre com o avanço do garimpo ilegal que polui as águas e as fontes de caça e pesca dos indígenas. Crianças indígenas sofrem e estão morrendo de desnutrição e malária sem assistência médica alguma e medicamentos, um total descaso do governo. Na semana passada uma equipe multidisciplinar da Fiocruz foi proibida de ingressar no território indígena.

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A justificativa para impedir os profissionais da saúde de entrar na Terra Yanomami foi para não levar a covid-19 mas em torno de 20 mil garimpeiros ilegais, que Bolsonaro quer legalizar, entram e destroem as fontes de vida e alimentos dos Yanomamis, levando desnutrição e doenças como o atual surto de malária. Existem 30 mil indígenas na Terra Yanomami que é a maior reserva indígena do país. As imagens de crianças indígenas desnutridas já são um escândalo internacional e a Funai no governo Bolsonaro bem como o Ministério da Saúde impedem o ingresso de médicos e não enviam medicamentos. Trata-se de uma política consciente de tentativa de assassinar os povos indígenas.

A malária é uma doença de fácil tratamento hoje em dia, porém os medicamentos não chegam às aldeias, a situação é desesperadora para os Yanomamis que estão vendo duas crianças morrerem. Dário Kopenawa vice-presidente da associação Hutukara declarou ao Fantástico que foi ao ar no último domingo: “Por que a Funai não proíbe a entrada dos garimpeiros? Por que está proibindo os médicos na Terra Yanomami para fazer exame? Então, isso é muito revoltante, é muito absurdo”.

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É preciso prestar toda a solidariedade à luta dos povos indígenas contra a devastação de duas terras pelo garimpo ou pelo agronegócio, o avanço contra os povos indígenas é parte do avanço contra o conjunto da classe trabalhadora. É preciso unificar indígenas, juventude e classe trabalhadora para derrubar Bolsonaro, Mourão e impor pela luta uma transformação radical dessa realidade de miséria capitalista. Para isso é preciso exigir que as direções das grandes centrais sindicais como CUT e CTB controladas pelo PT e PCdoB respectivamente saiam da paralisia e organizem assembleias em todas as categorias que dirigem para construir uma greve geral e parar o país, pois não dá para esperar mais um ano de governo Bolsonaro na promessa que as eleições irão resolver todos os problemas do país. É preciso impor uma saída dos trabalhadores, uma saída de independência de classe que faça com que os capitalistas paguem pela crise que eles mesmos criaram.

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