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Meio ambiente
Rui Costa (PT) autoriza supressão de 24,7 mil hectares do cerrado e mata nativa na Bahia
Diego Nunes

A megafazenda controlada pela empresa Delfin Rio S/A recebeu autorização do governo Rui Costa (PT) para devastar uma área de 24,7 mil hectares, entre os vales do Rio Preto e do Riachão no oeste da Bahia, para o plantio de soja, milho e algodão.

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Foto: Carlos Fabal / AFP / CP Memória

Ambientalistas e associações que representam pequenos agricultores da região, bem como comunidades tradicionais conhecidas como geraizeiros, estão denunciando que o desmatamento do cerrado acarretará um impacto enorme na questão da água, pois cientistas já pesquisam intrigados o sumiço da água do aquífero Urucuia um dos maiores do país.

A Delfin Rio S/A já avançou no desmatamento de mais de 3 mil hectares e preocupa mais de cem famílias de geraizeiros, a maior parte composta por negros e negras, com a perda da biodiversidade, que faz parte da manutenção de fonte de renda dessas famílias que vivem de lavouras de arroz, feijão e mandioca mas também da coleta de frutos nativos como buriti, pequi, mangaba e araçá. Os fazendeiros da região estão cercando áreas de reserva e controlando estradas da região com guaritas de seguranças privados armados que exigem documentos para a circulação na área.

Nas últimas semanas os moradores locais denunciaram o uso de correntão para o desmatamento, a técnica consiste em uso de correntes com elos espessos presas em tratores que deixam animais mortos e mutilados por onde passam. A autorização para o desmatamento de uma das últimas áreas de cerrado da Bahia foi concedida em 2019 no segundo mandado do governador Rui Costa do PT. A Delfin Rio S/A alega que não deve desmatar todos os 24,7 mil hectares autorizados, mas “apenas” 2,5 mil hectares, como se fosse pouco, porém já passam de 3 mil hectares devastados.

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56 entidades da sociedade civil enviaram carta aberta ao governador Rui Costa reivindicando a suspensão do desmatamento da mata nativa da região, porém não obtiveram sucesso. É preciso unificar a classe trabalhadora da cidade e do campo junto com a juventude para uma luta real que pare a produção e imponha que sejam os capitalistas e latifundiários que paguem pela crise. A única forma de frear a devastação ambiental, as monoculturas, perdas de biodiversidades e lençóis freáticos ou aquíferos é lutando contra o sistema que promove tudo isso. Se o capitalismo destrói a natureza destruamos o capitalismo!

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