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GREVE NA INGLATERRA
Começa com força a greve de médicos residentes na Inglaterra
Alejandra Ríos
Londres | @ale_jericho

50.000 médicos residentes da Inglaterra fizeram ontem uma greve de 24 horas como parte de um plano de luta contra a proposta do ministério da Saúde de mudar suas condições de trabalho.

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Dezenas de milhares de médicos reuniram-se em centenas de piquetes nas cidades do país baixo sob o grito de “Not safe! Not fair!” (Nem seguro nem justo! – em relação ao novo contrato de trabalho que lhes querem impor) e “Save your NHS” (Salvem seu NHS – Sistema Nacional de Saúde, na sigla em inglês). Assim começou a segunda greve contra as draconianas condições do plano do governo.

O contrato atual – negociado em 1990 – é considerado “antiquado” e “injusto” pelo atual governo, que desde 2012 vem tratando de impor novas condições aos jovens médicos.

O termo “médicos residentes” abarca desde os recém-formados das universidades de medicina até quem conta com mais de uma década de experiência e continuam especializando-se na profissão. Isto explica a ampla escala salarial entre os residentes. No total há 55 mil médicos residentes na Inglaterra; além disso, compõem um terço da quantia total de médicos. Cerca de 37.700 doutores estão filiados à British Medical Association, o sindicato que os representa nas negociações.

Um dos pontos mais tendenciosos da proposta é a mudança no horário de trabalho. Sob o contrato atual, os residentes cobram horas extra pelas horas trabalhadas no horário “não comercial” (antes das 7h e após às 19h de segunda à sexta); no entanto, sob o novo contrato o mesmo se estenderia de 7h às 22h. Ou seja, sob o novo contrato um residente pode trabalhar 15 horas seguidas sem cobrar uma única hora extra. Além disso, as horas de trabalho aos sábados deixarão de ser cobradas como horas extra também. Trata-se de uma redução do trabalho em toda a linha.

Este plano é parte do plano do governo de oferecer um Sistema Nacional de Saúde (NHS) que funcione 24 horas durante os 7 dias da semana, para fazê-lo, usando suas próprias palavras, “mais competitivo e adequado” aos novos ritmos de trabalho. Com certeza, nos termos do governo, um sistema que se ajuste aos tempos modernos não significa maior investimento em saúde, mas sim um ataque aos salários e às condições dos trabalhadores e trabalhadoras do setor.

A greve de 10 de fevereiro segue a de dezembro e faz parte de um plano de luta escalonado em todos os hospitais públicos da Inglaterra.

 
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