Imagem: MARIANA CARLESSO/JC
A nota foi publicada no site oficial da UFRGS, com a confirmação da Comissão Permanente de Seleção (COPERSE) de que o vestibular de 2022 está previsto para acontecer presencialmente nos primeiros meses do ano mas alerta que isso “exigirá que as condições sanitárias em dezembro de 2021 sejam compatíveis, conforme avaliação permanente das instâncias competentes da Universidade”.
Ainda segundo a nota, será avisado com 30 dias de antecedência a confirmação ou não do vestibular presencial. Caso não ocorra presencialmente, a seleção será novamente com base nas notas de vestibulares e ENEM anteriores, dos anos de 2017 a 2021.
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Já nesta segunda-feira (25), a Universidade também divulgou o início do período para solicitação da isenção do valor do vestibular 2022. Esse prazo vai até o dia 5 de novembro. Vale ressaltar que o valor para inscrição no vestibular vem aumentando a cada ano, ultrapassando os R$ 100, um valor insano para a juventude em meio à brutal crise que assola o país, com o desemprego e a precarização crescendo.
Além disso, não é somente o alto custo e a burocracia solicitada para isenção do preço da prova que dificulta a entrada dos jovens na universidade, mas principalmente a existência em si do vestibular, um filtro social e racial que existe apenas para impedir a entrada dos filhos da classe trabalhadora, oriundos de escola pública, no ensino superior. E como se não bastasse a dificuldade para entrar, aumentam os índices de evasão causados pela falta de permanência estudantil.
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Na própria UFRGS, nesse mesmo momento, estudantes cotistas estão sendo expulsos arbitrariamente pela reitoria interventora e pelo Conselho Universitário, aplicando o projeto de Bolsonaro, Guedes e Milton Ribeiro na Federal gaúcha, elitizando ainda mais a universidade e reservando-a "para poucos", como disse o execrável Ministro da Educação. Tudo para garantir a manutenção da exploração e um futuro de misérias à juventude.
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