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Fome
“Estava passando por dificuldades” diz sentenciado a 7 anos de prisão por roubo de carne
Diego Nunes

A sentença é exagerada alega a Defensoria Pública de SP, pois o juíz José Paulo Camargo da 11ª vara criminal entendeu o caso como roubo com emprego de violência sendo que o rapaz sequer estava armado. A casta judiciária do pedestal de seus altos salários e privilégios não sabe o que é fome.

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Foto: Bruno Cidade

Esse é um caso emblemático de como é a justiça no Brasil, condenar a 7 anos de prisão uma pessoa por estar com fome. O juiz ainda utilizou o fato do homem estar desempregado como agravante dizendo: “Na primeira fase de fixação da pena, observo que o réu ostenta maus antecedentes, com a prática de série de crimes contra o patrimônio, personalidade voltada à prática de ilícitos penais, e é uma pessoa desocupada (...)”.

Depois da fila do osso escancarar a situação de miséria da população vimos a fila do lixo em bairro nobre de Fortaleza essa semana. Em outro caso Rosângela Sibele também de 41 anos, mãe de cinco filhos, causou comoção nas redes sociais e foi liberada da prisão há dias atrás por furtar R$21,69 em comida de supermercado. Na ocasião ela afirmou que seu “grande sonho é ser gente”. Esse é o mesmo país de Bolsonaro que esbanja no cartão corporativo e aumentou o seu salário e o de ministros em 69% em maio. É o mesmo país dos militares que por decreto se tornaram marechais (uma patente concedida somente em caso de guerra) mesmo depois de mortos, para que suas filhas recebam mais de 15 mil reais em pensão. É o mesmo país dos gastos superfaturados com carne de primeira, leite condensado e cerveja para festinhas dos militares.

Contra toda essas contradições, carestia de vida, desemprego e precarização do trabalho é preciso unificar nossa classe toda para lutar pela divisão de todas as horas de trabalho entre empregados e desempregados, sem redução salarial. Para que assim sejam os capitalistas que paguem pela crise que criaram. Porém para isso é fundamental que as direções das grandes centrais sindicais e dos sindicatos, a maioria dirigidos pelo PT e PcdoB no Brasil, saiam da paralisia e organizem assembleias em cada local de trabalho para construir uma greve geral capaz de parar o país e impor a vontade do povo por meio de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela força da classe trabalhadora em luta. Só com a força da luta da nossa classe é possível impor a revogação de todas as reformas, a divisão das horas de trabalho sem redução salarial, o não pagamento da fraudulenta dívida pública, que todo político e juiz ganhe o salário de uma professora, um plano de obras públicas para gerar mais empregos e muito mais.

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Assista o programa O Brasil não é para amadores: Brasil o país da fila do lixo assista análise ao vivo hoje às 19h30

 
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