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Fechamento das bilheterias
Contra as demissões em massa no Metrô e CPTM: unir efetivos e terceirizados com apoio da população
Chapa 4 - Nossa Classe Metroviários

Declaração da Chapa 4 Nossa Classe Metroviários contra a ameaça de demissão em massa de talvez mais de mil terceirizadas das bilheterias e da recarga de bilhetes pelas mãos de Doria e Baldy. Unificar efetivos e terceirizados em aliança com a população!

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Doria e seu secretário de transportes, Baldy, querem demitir várias centenas de trabalhadoras terceirizadas, com o fechamento de todas as bilheterias do Metrô e da CPTM. Além disso, também já estão fechando diversos postos de recarga de bilhete único, onde já começaram as demissões.

Diante desse cenário, nós da Chapa 4 Nossa Classe, que somos parte da diretoria do Sindicato dos Metroviários, achamos que nesse momento é fundamental nosso sindicato dar todo suporte, apoiando ativamente todas as medidas que que essas trabalhadoras decidam tomar para resistir a esse ataque e defenderem seus empregos, chamando também o sindicato que representa todas essas trabalhadoras a construir essa mobilização.

Não podemos admitir que centenas, talvez até mais de mil famílias, percam seu sustento, sob um argumento completamente hipócrita do Metrô e do governo, de que com isso estariam economizando 100 milhões de reais, ao mesmo tempo que repassam 10 vezes esse valor para a iniciativa privada. Como foi o caso recente, que denunciamos amplamente, em que o governo repassou 1 bilhão de reais para a empresa CCR, que dias depois foi a grande ganhadora de licitação de mesmo valor, arrematando a concessão de duas linhas da CPTM por 30 anos. É evidente que o interesse do governo passa longe de economizar, mas sim de aumentar os lucros dos grandes empresários que seguirão engordando suas receitas às custas de contratar trabalho mais precário e com menos direitos, o que também terá reflexo direto nos serviços prestados à população.

Os milhares de usuários que passam por nós diariamente nas catracas também vem expressando sua indignação diante desse ataque, onde a primeira reação é sempre a de nos perguntar “e o que será desses funcionários? Serão demitidos?”. Perguntam isso porque sentem na pele, não só que o transporte está cada dia mais caro e precário, mas também todos os efeitos de uma crise econômica e social, após mais de um ano e meio de pandemia que já ultrapassa os 600 mil mortos, sentem o aumento do custo de vida e o desemprego, que afeta seus familiares e amigos mais próximos. Realidade que está colocada para milhões de brasileiros diante do governo de ataques aos trabalhadores de Bolsonaro, com o qual Doria caminha lado a lado quando se trata desse assunto.

O resultado é aumento da precarização dos transportes para a população, que já tem se deparado constantemente com máquinas de bilhetes quebradas, sem papel, que engolem dinheiro, com bilhetes que não funcionam adequadamente nas catracas, filas longas, causando atrasos e transtornos. O que se combina com a falta de funcionários nas estações. Se antes já estávamos sobrecarregados, agora sentimos ainda mais a dificuldade de lidar com todas essas demandas, que nos deixam de mãos atadas em diversas situações.

Por tudo isso é que consideramos fundamental unificar efetivos e terceirizados na defesa dos empregos e da qualidade dos serviços prestados à população e abrimos esse debate na última reunião de diretoria de nosso sindicato.

Consideramos importante que nossas assembleias pautem esse ataque e aprovem medidas nesse sentido de unidade. Convocando todos ao ato de amanhã às 6h em Itaquera e às 16h no Tatuapé, para distribuição de carta aberta à população. Ratificando todas ações decididas nas reuniões dos terceirizados. Votando um posicionamento de total solidariedade com todos os terceirizados das bilheterias e dos postos de recarga, com a exigência de nenhuma demissão. E também medidas concretas, como uma ampla campanha de fotos na categoria contra as demissões e twitaço. Também defendemos aprovar a realização de uma operação padrão nas linhas de bloqueio, a ser debatida e planejada a partir das nossas reuniões setoriais. O metrô quer compensar o efeito desse ataque nos obrigando a acumular funções, auxiliando na compra de bilhetes quando já estamos operando as estações sem os funcionários necessários. Temos que fazer o contrário, para evidenciar todos os transtornos que já existiam e que agora se aprofundam no atendimento ao usuário, e com nossos adesivos e materiais denunciar o que está acontecendo, pois podemos ter o apoio da população.

Essa unidade entre efetivos e terceirizados, com apoio da população, é a nossa maior fortaleza para barrar os ataques de Doria e Baldy, que insistem em demitir, retirar direitos, privatizar tudo e precarizar o transporte. Para isso, buscam dividir a nossa classe, para nos enfraquecer para avançar nesses planos. Por isso também, para nós da Chapa 4 Nossa Classe, a luta contra as demissões deve estar atrelada à defesa de contratação e também da efetivação de todos os terceirizados ao quadro de funcionários, sem necessidade de prestarem concurso público, pois já provam na prática que sabem realizar suas funções.

Chamamos todas e todos para o ato e distribuição de carta aberta amanhã às 6h na estação Corinthians Itaquera e às 16h na estação Tatuapé.

Nenhuma família na rua!

(foto: Rubens Cavallari/Folhapress)

 
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