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Privilégios para poucos
Juíza que despejou Cozinha Solidária ganha R$ 29 mil por mês; ação alimentava 150 pessoas
Redação Rio Grande do Sul

A juíza Ana Maria Wickert Theisen, que ordenou a ordem de despejo da Cozinha Solidária, em Porto Alegre, recebe um salário graúdo de R$ 29 mil todo mês. Enquanto ela esbanja privilégios e altos salários, a juíza federal acaba com o almoço de dezenas de pessoas em situação de fome.

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Foto: MTST / Reprodução

Na manha desta quarta-feira (13/10), em Porto Alegre/RS, as tropas da GPI (Grupo de Pronta Intervenção,) da Policia Federal, cumpriram a ordem de despejo da Cozinha Solidária Azenha, levada a frente até então pelo MTST.

Durante os 18 dias de funcionamento, a cozinha solidária distribuiu 3 mil refeições para uma população que sofre com os preços abusivos da alimentação e com a inflação mais alta desde a implementação do Plano Real. Ao passar pela frente da ocupação no horário das refeições, formavam-se filas enormes para conseguir pegar as marmitas. Trata-se de uma ação de solidariedade importante nesse momento de crise social, levada a frente por ativistas do MTST e também por apoiadores. Mas há quem, pelo incrível que pareça, discorde disso.

A Juíza Federal Ana Maria Wickert Theisen, da 10ª Vara Federal de Porto Alegre, mandante do despejo, retira conscientemente 150 pratos de comida por dia das mãos de quem já não tem o que comer. A Juíza, que em setembro, recebeu salário de R$ 29,079 líquidos (R$ 38,043 brutos), fechou a iniciativa que distribuía comida a população faminta da Capital Gaucha em uma canetada (veja abaixo imagem de seus rendimentos, de acordo com o portal da Justiça).

Com esse tipo de ação do judiciário fica claro de qual lado a justiça burguesa está, o dos capitalistas, dos especuladores. O imóvel onde encontrava-se a iniciativa não era usado pela União há anos, mas por ser em uma região que interessa à especulação imobiliária, a ação do judiciário veio rápida. Tal medida absurda se torna ainda mais grave na situação de aumento da miséria e da fome em nosso país, onde o poder judiciário, do alto de seus privilégios, desmantela ações de solidariedade de forma autoritária.

Esse tipo de ação criminosa exemplifica porque devemos confiar somente nas forças da nossa classe, e não contar com um judiciário que busca desarticular mobilizações com uso de seu aparelho repressivo.

 
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