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CARANDIRU
Há 29 anos do massacre do Carandiru lutamos por justiça 
Flávia Telles

Há 29 anos atrás um banho de sangue tomou conta de um dos maiores presídios do país. A polícia de uma só vez fez 111 homens, maioria esmagadora de negros, vítimas. E até agora não há uma sentença final que responsabilize nenhum agente da polícia. É preciso seguir lutando por justiça! 

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Sérgio Silva/Ponte Jornalismo

Há 29 anos atrás, em 2 de outubro, no pavilhão 9 do Carandiru, em São Paulo, a polícia realizou o massacre de pelo menos 111 homens. Na época, Bolsonaro era deputado federal e disse que "a PM devia ter matado 1000 e não 111". Mostrando o ódio racista que o atual presidente carrega dos negros e negras e a defesa incondicional da polícia mais assassina do mundo. 

O massacre entrou para a história como um dos episódios penitenciários mais sangrentos do mundo. E apesar de agentes da polícia terem suas versões mentirosas de que foi em legítima defesa, a perícia concluiu que 70% dos tiros foram dirigidos à cabeça e ao tórax, o que reforça a ideia de que atiraram para matar. 

Mas 29 anos depois, não temos nenhuma resposta sobre um verdadeiro extermínio que foi realizado. E vimos mais chacinas e massacres pelo país, dentro e fora das penitenciárias, a chacina recente do Jacarezinho no Rio de Janeiro, com 29 mortos e nenhum culpado não nos deixa mentir e mostram a impunidade que reina nas forças policiais brasileiras. 

-* Veja mais em: O Brasil das chacinas há 133 anos da abolição da escravidão

Por isso, nesse outubro de 2021, seguimos lutando por justiça as vidas negras vítimas das balas da polícia racista e assassina, da exploração capitalista e da covid, que mata mais os negros no nosso país. Justiça por Marielle e todos nossos mortos. Basta de impunidade!

É preciso que a luta por justiça seja tomada pelo conjunto dos sindicatos e movimentos sociais, porque a única forma de arranjar justiça não é confiando no STF que mantém a impunidade do Carandiru há quase 30 anos, e que é parte dos ataques e reformas que passaram para descarregar a crise nas costas dos negros e trabalhadores. 

A única força que pode arrancar justiça pelos mortos do Carandiru é a dos trabalhadores junto ao movimento negro. Por isso é fundamental que essa luta seja tomada de conjunto por todos os que também repudiam esse governo, e que as centrais sindicais, como a CUT e CTB, organizem um plano de lutas sério, organizado pela base, lutando por Fora Bolsonaro e Mourão, e por uma nova Constituinte livre e soberana, para que possamos revogar as reformas, arrancar punição a todos assassinos policiais que massacram as vidas negras e para que sejam os capitalistas que paguem pela crise. 

 
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