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24S GREVE GERAL PELO CLIMA
5 motivos para ir na plenária da Faísca debater uma saída marxista para a crise ambiental
Lara Zaramella
Estudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

Neste sábado, 25 de setembro, um dia após a Greve Global pelo Clima, a Faísca está organizando uma plenária aberta para debater a crise ambiental, apresentando o manifesto internacional "O capitalismo e seus governos destroem o planeta, destruamos o capitalismo" para colocar de pé um movimento anticapitalista e anti-imperialista de juventude em defesa do meio ambiente.

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Motivos para lutar em defesa do meio ambiente não faltam, aqui listamos então 5 motivos para, como parte desta luta, participar da plenária aberta da Faísca deste sábado, 25. Reunindo jovens estudantes e trabalhadores de todo o país, a plenária vai apresentar o manifesto internacional "O capitalismo e seus governos destroem o planeta, destruamos o capitalismo" e discutir a crise ambiental que arde por todo o planeta fruto da ganância capitalista e seus governos, buscando uma saída marxista que ataque o centro do problema e almeje a construção de uma sociedade livre da exploração da natureza e do homem. Às 16h via zoom, só se inscrever nesse link.

1) Com a crise ambiental se agudizando, não há tempo a perder!

Sentimos na pele mais do que nunca os efeito da profunda crise ambiental e climática ao redor de todo o globocom enchentes, chuvas torrenciais, secas sem precedentes, incêndios florestais e de biomas únicos, aumento das temperaturas, aquecimento e acidificação de rios e oceanos. Isso tudo é resultado da produção desenfreada capitalista que não pode estabelecer uma relação harmônica com o meio ambiente.

Justamente, por isso que é urgente organizar toda a revolta que cada cena de destruição produz em nós e construir uma força que esteja à altura de atacar o cerne do problema: o capitalismo e seus governos que sugam cada riqueza natural, explorando o meio ambiente e a classe trabalhadora em nome do lucro de alguns poucos.
Eles e seu sistema são responsáveis por destruir a natureza e nossos futuros.

2) Sigamos o exemplo dos indígenas contra o agronegócio que queima e destrói biomas

Enquanto Bolsonaro mente na ONU para defender os interesses dos latifundiários do agronegócio, vemos o fogo destruir a Chapada dos Veadeiros, percorrer o Cerrado, a Amazônia e outros biomas brasileiros. O agronegócio foi o setor que mais produziu e lucrou durante a pandemia, enquanto vemos a população trabalhadora pagar caro e esperar horas na fila do osso, sem contar a inflação dos preços de alimentos essenciais, além de sofrer com as secas, a crise hídrica e também as enchentes.

Esse mesmo agronegócio é o que assassina os povos originários devastando suas terras e florestas. Porém, é aqui no Brasil que vemos os povos indígenas hoje lutando e mostrando sua história de resistência de mais de 500 anos contra a exploração e opressão. Contra o Marco Temporal e o PL 490 que legaliza o agronegócio destruir as terras indígenas, os povos originários dão um exemplo do caminho a seguir.

Sem abaixar a cabeça, é preciso apostar nas nossas próprias forças, unindo todos os povos oprimidos com os trabalhadores e a juventude em cada local de trabalho e estudo, em cada canto do país, nos organizando para derrotar todos os ataques e reformas que o governo negacionista e racista de Bolsonaro e Mourão, assim como todo o Congresso, STF e governadores deste regime político querem impor.

3) Por uma saída à crise ambiental que não caia nas ilusões do capitalismo verde

Em todo o mundo vemos partidos políticos, movimentos sociais e até mesmo empresas capitalistas com um discurso verde de suposta proteção ambiental que tenta nos fazer comprar a ideia de que é possível um “capitalismo mais humano”, mas sabemos que ele apoiam e concedem fundos às grandes empresas predatórias. Como Biden, Merkel e Macron que se pintam de verde com sua demagógica política do Green New Deal (GND), defende os interesses das grandes corporações com a destruição do nosso planeta.

Marx já dizia sobre a incompatibilidade entre produção sustentável e o capitalismo e toda a história das últimas décadas só comprovam isso. Como as corporações apoiadas por esses governos, que geraram a crise atual, podem se tornar os salvadores do planeta? Não caímos nessa.

4) Os capitalistas acharam que podiam vender nosso futuro: mexeram com a geração errada!

Somos a juventude que tem visto cada vez mais destruição da natureza, enquanto governos e empresas passam impunes. Temos visto nosso futuro ameaçado em todos os sentidos, nas condições de trabalho e de vida na Terra.

Diante disso, tentam nos vender a ideia de que é mais fácil acabar o mundo do que com o capitalismo, nos fazendo cair no desespero catastrofista que nos paralisa. Nossa raiva diante de cada cena de destruição ambiental é motor para construir uma nova sociedade. Somos a juventude que nos últimos anos foi às ruas massivamente em defesa do meio ambiente e do clima, que tem se rebelado contra os pacotes de ajustes, contra a repressão sexual, os ataques à educação, a flexibilização laboral, o racismo estrutural.
Diante da negação de nosso futuro, não abaixamos a cabeça e não negociamos! Em cada país, em cada escola, universidade, local de trabalho, o sangue da juventude ferve com o que nos reservam e precisamos, em unidade com os trabalhadores, dar uma resposta à altura.

5) O capitalismo e a crise ambiental são internacionais, nós também! Organize-se conosco

Nosso manifesto é internacional, com jovens de todo o mundo que, em sete idiomas distintos gritam o mesmo: se o capitalismo destrói o planeta, destruamos o capitalismo!

O capitalismo conta com Estados, grandes partidos, grandes empresas multinacionais que ao redor de todo o globo mantém a produção a serviço do lucro e privilégios de uns poucos, enquanto milhões são explorados e vivem na miséria. Nossa resposta também precisa ser internacional e organizada: somos milhões de trabalhadores, jovens, mulheres, negros, indígenas, LGBTQIA+ que todos os dias sentimos as mazelas descarregadas em nossas costas por esse sistema destruidor que suga nosso sangue e suor.

A unidade dos explorados e oprimidos é transformadora. Por isso defendemos a construção de partidos revolucionários internacionais que possam organizar nossa vitória com um programa independente e uma estratégia que acabe com a causa da catástrofe ecossocial que nos ameaça: o sistema capitalista. Lutando por uma revolução socialista, por um sistema democraticamente organizado pelos trabalhadores, ouvindo todas as vozes e colocando a ciência a serviço do planejamento da economia, produção e distribuição sob uma nova relação, harmoniosa, racional e sustentável, com a natureza, onde ninguém sofre mais por não ter comida ou moradia, permitindo o desenvolvimento das capacidades e habilidades de todos seres humanos.

Convidamos todes a debaterem mais essas ideias com nós da Faísca amanhã na plenária aberta pelo Zoom às 16h. Inscrições aqui.

 
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