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Que os capitalistas paguem pela crise
Combater o desemprego com redução das jornadas de trabalho sem redução salarial
Lara Zaramella
Estudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

O que vemos hoje no país é uma onda crescente de desemprego, demissões, privatização e terceirização. A isso se somam a inflação e a miséria também crescentes. Basta de deixar nossas vidas no trabalho precário e jornadas infinitas, de morrer de fome sem dinheiro para comprar comida! É urgente reduzir as jornadas de trabalho sem redução salarial.

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Imagem: Ana Rayssa/CB/D.A Press

Em meio à crise que vivemos, no Brasil de Bolsonaro e Mourão, os empresários e todo o regime político que aprova reformas e ataques aos direitos trabalhistas nos colocam para escolher entre o desemprego ou o trabalho precário, com salários baixos e sem direitos.

O desemprego é extremamente lucrativo e importante para o sistema capitalista e a manutenção dos lucros e privilégios de uma minoria de empresários, banqueiros e latifundiários. É necessário que exista esse “exército de reserva” de desempregados, pois assim, com oferta de emprego reduzida e disputada, os trabalhadores são obrigados a aceitar se submeter a empregos degradantes, com baixos salários e péssimas condições para sustentar suas famílias, tendo que esperar horas na fila do osso.

Enquanto aumenta o trabalho precário com salários de fome, sem direito a nada, o lucro dos empresários é garantido em meio a essa crise econômica que assola o planeta, ainda mais com a pandemia e todos seus impactos.

Diante do aumento das demissões, do desemprego e do trabalho precário de mais de 8 horas degradantes, não podemos aceitar que nossa saída seja escolher entre morrer de fome ou morrer no trabalho.

É preciso lutar por um modo de economia voltado à vida das pessoas e não ao lucro de uns poucos. Por isso, defendemos a redução da jornada de trabalho, para não deixarmos toda nossa vida em jornadas infinitas e extenuantes, dividindo as horas de trabalho disponíveis entre todos que podem trabalhar e enfrentando o desemprego. Ao mesmo tempo defendemos que não haja redução salarial, pois sabemos que os que trabalham menos horas recebem salários que não chegam no fim do mês.

Leia mais: Barrar as demissões e impor novas contratações com redução de horas e sem corte salarial

Em meio à crise que vivemos, com inflação que eleva o valor dos alimentos, da luz, água, gás e demais itens de necessidade básica, é necessário que haja um reajuste automático dos salários de acordo com a inflação, garantindo condições dignas de vida.

Assim, reduzindo as horas de trabalho, será possível dividir a jornada entre todas as mãos livres, empregando mais pessoas com salários dignos e direitos trabalhistas. Lutar por este programa é defender trabalhemos menos para que trabalhemos todos, defendendo nossas vidas e atacando o lucro deles.

Somente com essas medidas será possível defender emprego com direito para todos, não aceitando a exploração capitalista que nos submete à escravidão assalariada e à miséria.

 
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