Enquanto Bolsonaro e STF apaziguam as rusgas, ao menos na aparência, os ministros do STF pedem mais tempo para analisar um pedido, feito por Kim Kataguiri, que crie um prazo para que Arthur Lira avalie os pedidos de impeachment do presindente Bolsonaro. Ao todo, já são mais de 122 pedidos de impeachment protocolados na Câmara, mas o aliado bolsonarista os mantém na gaveta.
Cármen Lúcia justificou seu voto contrário argumentando que o regimento da Casa não prevê prazo, portanto não há porque o poder judiciário interferir. Ação semelhante, pedida por líderes do PT, já havia sido negada pelo STF meses antes.
A decisão do STF, portanto, tende a se estender. O impeachment de Bolsonaro, apesar de retirar o capitão genocida da presidência, colocaria o general reacionário e racista Hamilton Mourão no poder, falsa solução que mantém a essência dos problemas no país.
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Em outros momentos, o STF atendeu de prontidão as iniciativas golpistas, como quando garantiu o rito do impeachment de Dilma em 2016, ou quando negou o habeas corpus a Lula em 2018, retirando o principal candidato das eleições e manipulando-as a fim de garantir a vitória de Bolsonaro.
Hoje, apesar dos atritos, ajudam a conservar esse regime apodrecido que vem arregaçando com os direitos dos trabalhadores e privatizando o patrimônio público brasileiro.
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