Rubens Menin é um bilionário, apoiador de Bolsonaro, que levantou sua fortuna sob muita exploração do trabalho e até mesmo sob trabalho análogo a escravidão, como denunciado diversas vezes. É também um patrocinador assíduo de clubes de futebol, como o Atlético Mineiro e sua “Arena MRV”.
Os trabalhadores do canteiro de obras da MRV em Campinas enfrentam a empresa numa dura greve que já dura mais de um mês e não há resposta sobre suas demandas, que inclui o pagamento da PLR, Epis e melhores condições de trabalho. Enquanto isso, a empresa segue seus patrocínios milionários.
A nota reproduzida no blog de Juca Kfouri trata justamente da comparação entre a contratação milionária do jogador Diego Costa, que chegou na cidade depois de viajar no avião particular de Menin avaliado em 253 milhões de reais, com a realidade de humilhação e precarização vivida pelos trabalhadores.
Mas Juca também tratou da greve no podcast “Posse de Bola” do UOL, em que deu o troféu “ratão de bronze” para Rubens Menin, dono da empresa, dizendo:
“No mesmo dia em que o avião de 250 milhões do senhor Rubens Menin chegava a Belo Horizonte com o centroavante Diego Costa, completava-se 38 dias de uma greve de funcionários da MRV em Campinas porque não apenas faltam equipamentos de proteção e a covid bateu dura lá, como falta até mesmo papel higiênico na obra, além dos operários terem que levar copinho de plástico para beber água porque a MRV não fornece. 38 dias de greve, mas a MRV faz o investimento que fez num jogador de futebol do Atlético Mineiro. Alguma coisa está errada na ordem mundial”.
Nós do Esquerda Diário estamos acompanhando e colocando todas nossas forças para cercar essa greve de solidariedade e romper o cerco midiático. Chamamos todas as organizações, parlamentares e figuras de esquerda, sindicatos e entidades estudantis a também fazer o mesmo, levando apoio ativo aos trabalhadores e denunciando essa empresa acusada de trabalho análogo a escravidão.
Veja mais em: Carta das trabalhadoras em greve da MRV para as atletas olímpicas
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