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Racismo policial
Jovem negro de periferia é assassinado pela polícia em Ribeirão das Neves
Redação

Guilherme da Costa Santos foi assassinado pela Polícia Militar na última quarta-feira (28) na região metropolitana de Belo Horizonte (MG)

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A ação policial que matou Jefferson Guilherme da Costa Santos, 20, ocorreu no bairro Veneza, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte (MG) na última quarta-feira (28).

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De acordo com o boletim de ocorrência feito pela Polícia Militar, Jefferson e outro homem, de 26 anos, teriam recebido os policiais no bairro com tiros, se negando a abaixar as armas, ordem que teria sido dada pelos policiais. A partir disso a troca de tiros teria continuado até os dois serem baleados, não resistirem aos ferimentos e morrerem. O boletim ainda relata que os dois pertenceriam a uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas e que eles já teriam trocado tiros com policiais no Espírito Santo, no dia 25 de junho.

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Essa versão exposta pela Polícia Militar é contestada pela contadora Nelzi Rodrigues dos Santos, 49, mãe adotiva de Guilherme. Nelzi diz que seu filho nunca fez parte de nenhuma facção criminosa e não conhecia a outro rapaz que também foi baleado na ação. Alega ainda que no dia 25 de junho, que teria ocorrido a troca de tiros em Santos citada pela polícia, ela e Guilherme estavam na missa de sétimo dia do marido de Nelzi, que faleceu no dia 19 de junho, e que Guilherme trabalhava a noite, de carteira assinada, e teria a marcação de ponto que comprovaria que ele estava trabalhando no dia 25.

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Sobre o dia do assassinato de Guilherme, Nelzi diz:

“Ele tinha o hábito de ficar sentado aqui na rua. Ele estava no passeio esperando um colega e não era o outro rapaz. Ele abriu o portão para uma garotinha de oito anos entrar no conjunto de casas, ela disse isso. Ela contou que quando ele fechou o portão, ele já tomou o primeiro tiro. A polícia já entrou atirando. Nenhum vizinho confirma que teve troca de tiros aqui. Eles vieram pra matar, mas infelizmente ele estava na frente do bandido”.

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A contadora relata que o corpo do filho tinha sinais de violência, estando com o nariz quebrado, com hematomas no rosto e as mãos esfoladas.

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Nelzi diz que vai lutar para limpar o nome do filho "eu vou entrar contra o Estado na Justiça. Com certeza. Porque não dá pras coisas continuarem desse jeito”.

Jefferson Guilherme da Costa Santos foi mais um jovem negro morto pelas balas da polícia.

 
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