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Pegasus
Sistema de espionagem israelense foi usado por governos contra jornalistas e ativistas
Redação

Investigação revela que mais de 50 mil pessoas entre jornalistas, ativistas e políticos estariam no alvo de espionagem pelo software israelense em mais de 45 países.

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Foto: Jack Guez / AFP

Em investigação promovida pelo consórcio de grandes conglomerados de mídia como o Guardian, Washington Post e o Le Monde, veio a tona uma lista com mais de 50 mil nomes em mais de 45 países que, desde 2016, seriam alvos de espionagem e invasão de celulares pelo sistema Pegasus, da empresa israelense NSO Group. O vazamento da lista causou tensão pois revelou como governos de diversos países do mundo tem utilizado o sistema israelense para invadir celulares e espionar jornalistas e ativistas em diversos países.

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Segundo a investigação, o software permite que a empresa israelense, a mando dos governos contratantes, possa acessar mensagens, fotos e emails, escutem chamadas e ativem microfones e câmeras por meio de link malicioso ou até mesmo por uma chamada via aplicativo, mesmo que seja atendida.

Após o vazamento, a empresa israelense foi evasiva apontando que por motivos de “considerações contratuais e de segurança nacional” não poderia “confirmar ou negar a identidade dos clientes governamentais”. Mas existem fortes indícios do serviço de espionagem israelense ter servido aos governos de países como a Hungria, Arábia Saudita, México, entre outros países, contra jornalistas e ativistas.

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É notório que figurem na lista dos 50 mil nomes a esposa do jornalista saudita Jamal Khashoggi, que foi brutalmente assassinado por um esquadrão saudita em 2018, e também o jornalista mexicano Cecilio Pineda Birto, que foi assassinado em um lava-jato e seu telefone jamais foi localizado. Os flertes do governo Bolsonaro com a contratação do serviço de espionagem israelense mostram que para além da falácia de “combate ao terrorismo”, as alianças de governos em todo o mundo com o Estado de Israel e suas empresas de espionagem dão pistas de como uma tecnologia como o Pegasus pode ser utilizada não somente contra jornalistas e outras figuras opositoras, mas também contra os trabalhadores e o povo pobre, independente de quem aperte o botão.

 
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