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O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta semana, traz dados sobre o impacto devastador da inflação na vida do trabalhador mais precário no Brasil. O impacto dela sobre as famílias que ganham até R$1.650,00 é considerado o mais alto.
A inflação das famílias de renda muito baixa (0,62%) continua maior que a registrada na faixa de renda alta (0,36%) pelo terceiro mês consecutivo. No comparativo anual a faixa considerada de renda média (entre R$ 4127,41 e R$ 8.254,83) e renda média-baixa (entre R$ 2.471,09 e R$ 4.127,41) teve alta de 4,0%, a mais alta do ano.
O impacto para estas famílias de trabalhadores vem sobretudo do “grupo de domicílio" que aquele referente aos preços ligados às casas, como energia elétrica, que teve aumento de 1,95% nos preços e gás de cozinha, que tem aumento de até 16% em alguns lugares no país, como no estado do Paraná.
Gráfico do Ipea mostra que o impacto da inflação é muito mais sentido entre os mais pobres.
Há também um significativo impacto no aumento do preço dos alimentos como as carnes (1,3%), das aves e ovos (1,6%) e dos leites e derivados (2,2%), que fizeram com que o grupo alimentação e bebidas se constituíssem sendo o segundo maior foco de pressão inflacionária, impactando diretamente não só o bolso, mas também a vida da classe trabalhadora, que passa a ter de submeter cada vez mais a uma alimentação de baixíssimos valores calóricos.
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