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Fora Bolsonaro e Mourão
Por assembleias de base para construir o 24J
Tatiane Lopes

Chamamos todos trabalhadores e jovens a se unirem conosco pela construção dessa luta em cada local de trabalho e estudo, exigindo que os sindicatos de trabalhadores e estudantis convoquem assembleias de base pela construção de um plano de luta para que possamos levantar uma greve geral contra Bolsonaro e Mourão.

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Imagem: Reprodução/Facebook - Assembleia da USP em 2019

Nos últimos meses, milhões de pessoas em todo o país vieram colocando para fora sua insatisfação crescente com o governo Bolsonaro, tanto as pesquisas que já mostram maioria importante de desaprovação, quanto as ruas, que a cada chamado de manifestação, se enchem com milhares, evidenciam isso. Contraditoriamente, a política de impeachment que unificou direita liberal e esquerda institucional, segue estacionada no Congresso e ainda é uma saída que não nos dá independência como classe para batalharmos contra todos os ataques desse regime pós-golpe que atua para garantir os lucros dos capitalistas.

Além disso, essa política do impeachment colocaria o general Mourão, saudoso da ditadura e fiel escudeiro de Bolsonaro nos ataques econômicos, no poder, o que não é um detalhe. Alimentar esperança nessa política que a esquerda institucional faz, na lógica de espectadores passivos da CPI, enquanto constroem uma frente ampla em que cabe até a direita de sempre para as eleições de 2022, é o caminho certo para colocar nas mãos dos nossos inimigos todo nosso esforço de luta.

Depois de alguns atos e tanto esforço de milhares de jovens e trabalhadores que se enfrentaram com o medo da pandemia para sair às ruas colocando seu descontentamento em movimento, é urgente tirar lições para avançar.

Leia nosso editorial: 3 propostas para a classe trabalhadora enfrentar a crise política no Brasil

A primeira e mais urgente é que não podemos esperar o dia 24 de julho, nova data tirada pelas direções para novas manifestações, de braços cruzados. Precisamos convencer nossos colegas de estudo e trabalho, de que a única forma de superar essa lógica de atos que não impõem nem o impeachment, quiçá colocam em cheque Bolsonaro e Mourão, é colocando os rumos da luta nas nossas mãos e tirando do controle burocrático das direções petistas.

É nessa perspectiva que deveriam estar trabalhando as correntes que se dizem oposição ao PT, como PSOL, PSTU, PCB, UP, PCO, que precisariam ter uma política de denúncia da posição das centrais sindicais e não de encobrimento da política traidora. Se assim o fizessem, poderíamos ter na CSP-Conlutas e Intersindicais um pólo anti-burocrático que batalhasse nesse momento tanto dando exemplos nos sindicatos que dirigem, como agitando nas categorias de base da CUT e da CTB, por exemplo, a ideia de greve geral.

Só com assembleias de base nos locais de trabalho e estudo por todo o país é possível batalhar para massificar a ideia da greve geral, única medida contundente que colocaria contra a parede não apenas Bolsonaro e Mourão, mas também as instituições golpistas desse regime degradado.

O caminho para a derrota de Bolsonaro, Mourão e todos os militares que são pilares desse governo, só pode vir da luta independente dos trabalhadores sendo sujeitos de suas decisões nesses espaços democráticos que precisamos exigir, começando por preparar o 24J não para servir como mais um ato eleitoral pró Lula, mas um passo no plano de lutas rumo à greve geral.

 
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