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Denúncia
Precarização na Transpetro: terceirizados da VOS no TABG recebem abaixo do piso salarial
Redação

São muitos os relatos de precarização de trabalho em todo o sistema Petrobras. No TABG no Rio de Janeiro já ocorreram denúncias de terceirizados punidos por comerem com efetivos, falta de testes dos terceirizados e agora mais uma denúncia, trabalhadores que recebem 500 reais abaixo do piso salarial, um dinheiro que faz imensa falta para pagar as contas, alimentar as famílias dos trabalhadores.

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O Esquerda Diário recebeu denúncia anônima que os trabalhadores terceirizados da empresa VOS, prestadora de serviço no Terminal da Baía de Guanabara – TABG – estão recebendo abaixo do piso salarial de sua categoria. A empresa presta serviço de montagem de andaimes e está pagando 500 reais a menos que o piso salarial de sua categoria no Rio de Janeiro. Essa situação contrasta com outros terceirizados na Petrobras e na região.

Trata-se de um abuso da empresa e de sua contratante a Petrobras Transporte S/A – Transpetro. Há alguns anos, desde a mudança de lei, realizada primeiro pelo STF e depois pelo Congresso Nacional no governo golpista de Temer, as empresas contratantes passaram a contratar não mais pessoas, mas “serviços entregáveis” e assim premiam a empresa que oferecer menor valor para o “entregável”, pouco se importando se isso será feito cortando trabalhadores ou pagando salários miseráveis. Os serviços de limpeza por exemplo passaram a ser mensurados por metro quadrado (ou cúbico) e não mais por pessoas para realizar o serviço. Novos contratos foram desenhados em diversos terminais substituindo serviço antes realizado por 15 trabalhadores por 4, gerando absoluta exaustão de trabalhadores. Outros desenhos de precarização geram a situação relatada pelos trabalhadores da VOS, recebendo 1700 reais quando o piso deste serviço no Rio de Janeiro é de 2200. Seguramente os donos da VOS embolsam valores bem maiores que isso no seu contrato de “entregáveis” com a Transpetro.

Essa modalidade de contratação também limita o escopo de atuação dos “fiscais de contrato” da empresa contratante e aumenta esse ciclo de precarização que atingem milhões de trabalhadores pelo país afetando sobretudo aqueles mais precarizados, em sua maioria negros e mulheres.

As abusivas condições de trabalho dos terceirizados do TABG já foi noticiada e denunciada diversas vezes pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro e já foi noticiada no Esquerda Diário, como no absurdo caso de punição de terceirizados por receberem comida de trabalhadores efetivos.

Essa precarização do trabalho também se expressa no desemprego, e no mesmíssimo TABG vemos diariamente, há mais de duas semanas, um grupo de trabalhadores protestando por emprego. São ex-terceirizados da empresa, metalúrgicos, portuários que lutam por um emprego e salário digno.

A situação dos terceirizados na maior empresa de logística do país, a Transpetro, e dos desempregados que batalham por seus empregos ilustra a falácia do discurso de Bolsonaro, Guedes, da Globo e tantos outros bilionários e seus defensores. Falam que era necessário ter ou empregos ou direitos, e vemos que na verdade suas medidas servem para atacar as duas coisas, aumentar os lucros patronais às custas da vida dos trabalhadores.

💬 Quer denunciar? Relatar o que acontece no seu local de trabalho, a luta em sua categoria? Mande seu relato para +55 11 97750-9596

 
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