Imagem: Divulgação
A pesquisa foi realizada pelo Observatório Itaú Cultural, que utiliza os dados da Pnad Contínua. Nela, os dados são alarmantes: 243.865 mil trabalhadores da área cultural perderam seus postos de trabalho desde o início da pandemia no Brasil.
No primeiro trimestre de 2020, esses trabalhadores eram 6.843.455. Agora, no primeiro trimestre de 2021, este número caiu 4%, somando 6.599.590 trabalhadores.
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A chamada "economia criativa" é dividida em três tipos de trabalhadores: especializados, aqueles que atuam diretamente no setor criativo (artesanato, artes cênicas, artes visuais, cinema, música, fotografia, rádio, TV e museus e patrimônio); de apoio, aqueles que prestam serviços à área cultural (contadores, advogados etc.); e incorporados (publicidade, arquitetura, moda, design, produção editorial etc.).
O setor mais afetado foi o primeiro, os especializados, dos quais 27% perderam seus empregos desde 2020. Não por mera coincidência são estes os mais odiados pelo governo de Bolsonaro e Mourão e que frequentemente são largados à deriva da própria sorte diante de um regime golpista e um sistema capitalista que mercantiliza a arte e precariza o trabalho e vida da classe trabalhadora.
Quando visto por estados, as maiores quedas foram registradas no Rio Grande do Norte (-24%), Paraíba (-15%), Mato Grosso (-15%), Espírito Santo (-15%) e Amazonas (-15%).
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