Na última quinta-feira (17), o Senado aprovou a absurda MP que permite a privatização da Eletrobrás, estatal responsável pela geração e transmissão de energia. Com a privatização, os empresários do setor privado de energia agora irão lucrar em cima de mais um setor de necessidades básicas do povo, que já possuía tarifas abusivas, aprofundadas sob governo Bolsonaro. A tendência é que a situação piore com mais aumentos nas contas de luz no país.
O agravamento que se observa pelo Senado, agora, é a sinalização das medidas “jabutis”, emendas que podem ser aprovadas sem ter relação direta com o setor, mas que alteram as normas de funcionamento do mercado, gerando instabilidade de custos e possíveis favorecimentos a determinadas empresas com as mudanças no mercado.
De qualquer forma, as medidas jabutis, em previsão, irão custar R$ 84 bi, que serão repassados aos trabalhadores, tudo isso em meio a crise, onde os salários estão cada vez mais defasados, com o salário mínimo não sendo suficiente nem para a manutenção básica das famílias. Se considerarmos ainda o setor de desempregados que bate recorde, passando de 14%, a privatização e seus meandros significa a miséria total do povo e o regozijo dos grandes empresários favorecidos pelo governo.
Além disso, o serviço que a estatal presta ao povo também é comprometido, uma vez que o setor privado não possui compromisso algum a não ser com seus próprios lucros, vide o estado do amapá no ano de 2020, resultado de uma subestação que foi privatizada e ficou sem manutenção, tendo que ser socorrida justamente pelos recursos da estatal Eletrobrás.
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Mais do que nunca, as intenções, tanto do Senado como do governo Bolsonaro são claramente de favoritismo da grande burguesia, tanto com a privatização no geral como nas brechas para favorecer as grandes empresas. A privatização relega ao povo brasileiro os “apagões” nos seus serviços básicos e o sangramento nas tarifas abusivas nas mãos do setor privado.
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