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EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS JÁ!
Maíra Machado: "Frente a PL da abstinência em SP, é urgente educação sexual nas escolas"
Redação

Diante do escandaloso e reacionário Projeto de Lei “Escolhi Esperar” em São Paulo, que prevê controlar e reprimir especialmente a juventude, LGBTs e as mulheres, defendendo abstinência sexual como método contraceptivo, reproduzimos aqui declaração de Maíra Machado, professora da rede estadual de São Paulo, dirigente do Pão e Rosas e do MRT, se posicionando frontalmente contrária a esse PL.

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Recentemente vimos o absurdo projeto de lei “Escolhi Esperar” que Rinaldi Digilio, vereador pelo PSL em São Paulo quer aprovar, defendendo a abstinência sexual entre adolescentes como método contraceptivo, escalonando ainda mais no conservadorismo e controle especialmente sobre os corpos das mulheres.

O que vemos é uma guinada extremamente conservadora à direita, seguindo os passos e discursos de parte do governo Bolsonaro, Damares e toda a corja reacionária, que odeia os setores como a juventude, as mulheres, negros e LGBTs. Como parte dessa guinada conservadora está também o caso da semana passada, de um menino de 11 anos na cidade de Campinas que foi atacado pela escola e familiares de alunos após propor realizar um trabalho de escola sobre o mês do orgulho LGBT.

Esses casos de LGBTfobia, misoginia e machismo são absurdos e não nos calaremos. Através da opressão de gênero e sexualidade, tentam nos controlar e reprimir cada vez mais!

Esse projeto de lei “Escolhi Esperar” conta com total apoio do prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, do MBD, que emitiu parecer favorável ao projeto, tendo como relator o tucano Fábio Riva. Nunes tem se mostrado bem aberto às pautas ditas “bolsonaristas”, com um discurso ideológico extremamente reacionário e conservador, que se aprofunda com seu histórico de defender projetos como o Escola Sem Partido que persegue e reprime professores contra uma suposta “ideologia de gênero”.

Leia mais: Ricardo Nunes, acusado de agressão à mulher, é também contra debater gênero nas escolas

Enquanto se colocam contrários a debater gênero nas escolas, a fim de conscientizar e falar sobre o corpo humano, a reprodução e evitar, por exemplo, a gravidez precoce, defendem propagar a abstinência sexual como método contraceptivo.

Rinaldi, assim como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes e toda a corja reacionária que hoje está no regime político do país, preferem jogar a culpa em cima das meninas que, em suas palavras “precisam se preservar”, enquanto milhares de mulheres, abandonadas pelo descaso dos governos que não veem isso como responsabilidade do Estado, perdem suas vidas todos os anos por conta de abortos clandestinos.

Como professora da rede pública da educação básica e também em nome do grupo internacional de mulheres Pão e Rosas, nos colocamos frontalmente contra esse projeto de lei e o crescente reacionarismo! Frente à PL da abstinência em São Paulo, é urgente defender educação sexual nas escolas, contraceptivos para não engravidar e aborto legal, seguro e gratuito para não morrer. Não aceitaremos que ditem regras sobre nossos corpos, mentes e vidas, reprimindo crianças, mulheres, LGBTs e a juventude.

 
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